Comentário: Ano do Galo chega com múltiplas missões para China

Fonte: Xinhua    03.02.2017 13h17

Beijing, 3 fev (Xinhua) -- Começou na sexta-feira o primeiro dia do trabalho do Ano do Galo na China com o fim do feriado de uma semana da Festa da Primavera.

Será um enérgico início para que as pessoas e suas famílias obtenham seus sonhos e o país dará um passo adiante para a criação da "quanmian xiaokang", uma sociedade moderadamente próspera em todos os sentidos até 2020.

No entanto, os passos deste ano serão desafiantes, particularmente para o Partido Comunista da China (PCCh), que foi fundado no Ano do Galo de 1921.

O Partido convocará seu 19º Congresso Nacional neste ano e tem de cumprir com diversas missões para que o Ano do Galo seja um de boa sorte.

Depois de tirar da pobreza mais de 700 milhões de pessoas nos últimos 38 anos, ainda há 45 milhões de pessoas que vivem nessas condições no país.

O alívio da pobreza é um tema importante na agenda dos governos de todos os níveis. Ninguém será deixado para atrás, porém quanto mais próximo à meta de eliminá-la completamente mais difícil será dar os últimos passos.

O 13º Plano Quinquenal da China fixa prioridades para o desenvolvimento nacional 2016-2020 e propõe apoio às aldeias pobres para que desenvolvam produtos e serviços emblemáticos.

Também foram emitidas diretrizes para pedir uma colaboração mais ampla entre as regiões desenvolvidas no leste e as regiões subdesenvolvidas no oeste, a fim de cumprir com as metas de redução da pobreza.

Estes esforços se traduziram em medidas alentadoras. Pelo menos 10 milhões de pessoas se tornarão neste ano membros da sociedade próspera.

Este ano também é crucial para impulsionar as reformas de forma generalizada.

Centenas de medidas foram desenhadas e empreendidas nos últimos quatro anos para abordar assuntos como a urbanização, a inovação e o papel do mercado na distribuição de recursos. O enfoque nos próximos anos será em entregar resultados.

A reforma estrutural no lado da oferta continuará sendo um objetivo econômico para 2017, incluindo a redução da capacidade excessiva, a implementação de reformas agrícolas, o impulso da economia real e o fomento de novo crescimento.

A reestruturação da economia chinesa e a modernização da indústria devem gerar uma grande nova demanda.

O tempo é essencial para as reformas nas empresas públicas, assim como na previdência social e nas finanças. Estes setores influem no desenvolvimento do país, cujo crescimento do produto interno bruto (PIB) manteve-se em 6,7% em 2016, o menor nível em três décadas, mas uma taxa que ainda superou a de outras grandes economias.

Como parte da grande reforma política, a China estabelecerá uma comissão nacional de supervisão e criará uma lei sobre a supervisão nacional.

Em meio aos esforços de construir um PCCh limpo, a luta contra a corrupção obteve "ímpeto intimidador", aprisionando ambos "tigres" (funcionários de alto escalão) e "moscas" (de baixo escalão), sem nenhum recuo no futuro.

No cenário mundial, a China seguirá seu compromisso de incentivar a globalização e a cooperação apesar das dificuldades.

Em momentos complicados com uma economia mundial inativa e uma ordem geopolítica cambiante, a decisão sábia é ir para frente em conjunto.

A China está preparando para uma série de eventos de importância mundial, incluindo um fórum do Cinturão e Rota para a cooperação internacional que será realizado em maio em Beijing e a nova cúpula dos líderes do BRICS na cidade costeira de Xiamen, em setembro.

A atitude de abertura, abrangência e compartilhamento contrasta agudamente com a tendência de certos países ocidentais de recorrer ao protecionismo e isolamento.

Este ano será um teste da sabedoria necessitada para manter o crescimento sustentável, estável e melhor das relações entre a China e os Estados Unidos. Embora a administração Trump ainda tenha de formular sua política para a China, a tendência geral de cooperação é irreversível e é a única opção adequada para ambos os países.

Qualquer conflito ou guerra comercial será um golpe ao desenvolvimento das duas maiores economias do mundo. O resultado é respeitar os interesses essenciais um do outro.

A China tem confiança no destino compartilhado da humanidade, e por isso continuará ampliando seu círculo de amigos.

Por coincidência, o primeiro dia de trabalho do Ano Novo Chinês é o "lichun", ou início da primavera, o primeiro dos 24 termos solares do antigo calendário chinês.

Agora que se despede do inverno, a China espera que o mundo tenha uma grande primavera.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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