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“China sempre foi uma parceira forte”, diz diretora-geral da OMS

Fonte: Diário do Povo Online    19.01.2017 13h22

Por Ren Yan e Wang Yuan, Diário do Povo

O presidente chinês Xi Jinping visitou nesta última quarta-feira a sede da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra.

A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, disse, em uma entrevista concedida ao Diário do Povo, que a visita oficial “reforça o compromisso firme da China em participar e estimular a comunidade internacional a unir esforços perante os desafios mais urgentes na área da saúde pública”.

“Os êxitos obtidos neste setor demonstram a influência de uma liderança política forte e sustentável no seu desenvolvimento”.

Quanto aos esforços da China na área de saúde pública, Margaret Chan afirma que, após diversos anos de profunda reforma, o sistema de saúde universal que tem vindo a ser estabelecido, permite agora ao país enveredar por um desenvolvimento sustentável mais equilibrado.

Segundo a diretora-geral, “a China, como país fundador da OMS, sempre foi uma parceira forte da organização”.

Margaret Chan notou que a China apoia vários acordos de saúde apresentados pela OMS e participou ativamente na revisão do Regulamento Sanitário Internacional (IHR, na sigla em inglês) em 2005, cumprindo os seus compromissos estipulados no documento.

De acordo com a diretora-geral, na confrontação com o surto de Ébola na África Ocidental, a China demonstrou a sua forte capacidade de liderança oferecendo apoio em várias frentes, com um valor total de 120 milhões de dólares, distribuídos pelos países afetados pela epidemia e pelas organizações internacionais, incluindo a ONU, OMS e União Africana.

Os apoios incluíram também o envio de mais de 1200 médicos e especialistas de saúde pública às regiões afetadas na África Ocidental, assim como a realização de um treinamento de assistência médica e prevenção de epidemia, que contou com a presença de mais de 13 mil locais.

Além disso, acrescentou Margaret Chan, recentemente, a China doou também dois milhões de dólares à OMS com o objetivo de combater o problema humanitário de saúde causado pela guerra da Síria.

A diretora-geral afirmou que as relações de parceria entre a OMS e a China são firmes e tendem a ser cada vez mais estreitas, o que reforça a capacidade de reação e ação em emergências, assim como a capacidade da OMS em prevenir e lidar com epidemias e desastres regionais e internacionais.

Segundo Margaret Chan, na área de saúde, toda a humanidade pertence a uma comunidade de destino comum. Vírus, tais como o Ébola, Zika e febre-amarela, não têm “fronteiras” e têm grande influência na saúde humana, colocando entraves ao desenvolvimento econômico e à estabilidade social.

As operações internas de um país não garantem a segurança da saúde local, e a OMS reforçar e melhorar a cooperação nas ações conjuntas, concluiu.

“A China tem compromissos claros para com a comunidade internacional e as nossas décadas de parceria são uma prova desses mesmos compromissos. O conceito de saúde como núcleo do desenvolvimento econômico, apresentado pela China, foi também reconhecido globalmente, feito que congratulamos e merece o nosso louvor”, salientou Chan.