Davos, Suíça, 18 jan (Xinhua) -- A China quer desempenhar um papel construtivo na solução política da crise da Ucrânia, declarou na terça-feira em Davos o presidente chinês, Xi Jinping.
Xi fez as declarações ao reunir-se com seu homólogo ucraniano, Petro Poroshenko, no centro de esqui de Davos, Suíça.
"Desejamos sinceramente que a Ucrânia mantenha a estabilidade social e o desenvolvimento econômico", afirmou Xi.
Este ano se comemora o 25º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a Ucrânia.
Xi disse que a China considera muito importantes as relações com a Ucrânia e que está disposta a trabalhar com o país para consolidar a confiança política mútua, fortalecer os intercâmbios entre governos, órgãos legislativos e partidos políticos e aprofundar a cooperação de benefício mútuo.
Também sugeriu que as duas nações aumentem os intercâmbios e cooperação em áreas como educação, cultura, saúde, deporte e turismo, e que elevem o diálogo e a coordenação em assuntos internacionais e regionais, assim como em instituições multilaterais como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Por sua parte, Poroshenko disse que as relações bilaterais são muito importantes.
A Ucrânia fará esforços consertados com a China para expandir cooperação política, econômica e comercial, comentou.
Existe um potencial enorme para a cooperação bilateral em áreas como logística, portos, agricultura, aço e manufatura de máquinas, indicou, e deu as boas-vindas a maiores investimentos chineses na Ucrânia.
A Ucrânia é um dos membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU e assumirá a presidência rotatória do conselho durante fevereiro, informou Poroshenko.
O presidente ucraniano disse que seu país quer aumentar a comunicação e coordenação com a China no organismo mundial.
Poroshenko também felicitou a Xi e ao povo chinês pela próxima Festa da Primavera ou Ano-Novo Lunar chinês.
Xi e Poroshenko realizaram seu encontro antes da sessão inaugural da 47ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça.
A crise no leste da Ucrânia começou em abril de 2014, quando Kiev lançou ataques contra os insurgentes para recuperar as cidades e vilas que ocuparam.
O acordo de Minsk, assinado em fevereiro de 2015 na capital de Belarus com a mediação da França e Alemanha, pede um cessar-fogo junto com uma série de medidas políticas, econômicas e sociais para pôr fim ao conflito no leste da Ucrânia.