O governo nigeriano anunciou na quarta-feira que ordenou o encerramento do escritório económico e cultural de Taiwan em Abuja, a capital do país, e transferir a sua missão comercial para Lagos.
O ministro das Relações Exteriores da Nigéria, Geoffrey Onyeama, disse aos jornalistas, depois de reafirmar o compromisso nigeriano com a política de Uma Só China, em uma coletiva de imprensa conjunta com o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, que o escritório de Taiwan terá agora que operar em Lagos.
"Taiwan deixará de desfrutar de quaisquer privilégios, pois não é um país reconhecido pela lei internacional. Mediante a posição que assumimos internacionalmente, reconhecemos a República Popular da China e a política de Uma Só China", disse o ministro nigeriano.
Onyeama disse que a Nigéria já informou Taiwan sobre a sua decisão e ordenou o encerramento de seu escritório em Abuja.
De acordo com Onyeama, a Nigéria tomou esta decisão de forma a dissipar quaisquer dúvidas em torno da autorização de conceder a Taiwan uma missão comercial, e assim reforçar a confiança entre Abuja e Beijing.
A Nigéria irá incorrer dos esforços necessários para salvaguardar a integridade da política de Uma Só China, bem como promover a paz e o relacionamento desobstruído com República Popular da China, disse Onyeama.
Por seu turno, Wang Yi afirmou que o governo da República Popular da China teve em consideração a posição tomada pela Nigéria, assim como as medidas recentemente alavancadas pelo país.
O princípio de Uma Só China representa um interesse fundamental da China e, deste modo, é um pré-requisito para a China manter e desenvolver relações de amizade com os integrantes da comunidade internacional, disse Wang.
A Nigéria já tinha emitido um comunicado conjunto com a China em 2005, no qual afirma que Beijing era "o único governo legítimo que representa toda a China, e Taiwan uma parte inalienável do seu território".