Beijing, 4 jan (Xinhua) -- A China opõe-se firmemente ao terrorismo e está disposta a trabalhar com a Turquia e com a comunidade internacional para prevenir e responder à ameaça do terrorismo, disse na terça-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang.
Geng fez as declarações em uma coletiva de imprensa diária quando comentou o ataque contra um clube noturno em Istambul, Turquia, nas primeiras horas do ano novo, que deixou pelo menos 39 pessoas mortas.
Alguns veículos de imprensa informaram que os suspeitos do ataque do Ano Novo poderiam pertencer às forças terroristas do Turquistão Oriental.
Geng disse que o resultado da investigação ainda tem que ser confirmado pela Turquia.
No entanto, sublinhou que as forças terroristas do Turquistão Oriental, liderados pelo Movimento Islâmico do Turquistão Oriental (MITO), atuam cerca do centro, sul e sudeste da Ásia e Oriente Médio, o que constitui uma grave ameaça para a segurança de muitos países e regiões, incluindo a China.
Geng indicou que a China está disposta a elevar a coordenação e cooperação com a Turquia e com a comunidade internacional para prevenir e enfrentar conjuntamente as ameaças do terrorismo, a fim de defender a paz e segurança regional e mundial.
Depois do ataque, o consulado geral chinês em Istambul ativou o mecanismo de emergência e emitiu alertas de segurança em seu site, no qual adverte aos chineses no exterior sobre os riscos à segurança, de acordo com o porta-voz.
Geng disse que até o momento não foi registrado casos de cidadãos chineses mortos ou feridos em Istambul.
Um homem armado entrou no luxuoso clube noturno "Reina" na madrugada do domingo e disparou contra centenas de pessoas reunidas no clube para celebrar o Ano Novo. Pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas. O governador de Istambul, Vasip Sahi, descreveu o tiroteio como um ato de terrorismo.
Até o momento, 12 suspeitos de estar envolvidos no ataque foram detidos em Istambul.