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Shanghai, 30 dez (Xinhua) -- Três dispositivos não tripulados de mar profundo mergulharam a mais de 10 mil metros e concluíram testes marítimos no Pacífico, informaram os cientistas chineses que lideram a pesquisa.
Cui Weicheng, diretor do Centro de Pesquisa sobre Ciência da Vida Hadal da Universidade de Oceano de Shanghai, dirigiu uma equipe para realizar pesquisas na Depressão Challenger, na Fossa das Marianas, o ponto mais profundo do oceano no mundo.
O grupo partiu em 3 de dezembro a bordo do navio de exploração Zhang Jian --navio-mãe da série Peixe Arco-íris-- com três dispositivos de aterragem no mar profundo, um submarino não tripulado e um submarino tripulado, todos capazes de chegar a 10 mil metros.
Entre 25 e 27 de dezembro, os três desceram à fossa, disse Cui à Xinhua.
O primeiro tirou fotos, o segundo recolheu sedimentos e o terceiro, amostras biológicas.
Segundo Cui, todos os três chegaram a mais de 10 mil metros e o terceiro trouxe 103 anfípodes.
O projeto Peixe Arco-íris é um laboratório móvel financiado por capital estatal e privado.
"O teste marítimo bem-sucedido marca um novo passo na pesquisa do mar profundo da China", apontou Cui.
No mundo há 26 fossas hadais --as com 6,5 mil metros ou mais de profundidade. Elas abrigam muitas espécies desconhecidas e recursos de energia e metal.
Em agosto, o submarino não tripulado da China Haidou-1 desceu a 10.767 metros na Fossa das Marianas, registrando um novo recorde chinês.
A China se tornou o terceiro país, após Japão e os Estados Unidos, a construir submarinos capazes de mergulhar mais de 10 mil metros.
Até 2019 ou 2020 o país deve ter um submarino tripulado com essa mesma capacidade.
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