Estudantes incendiam velas durante a cerimônia em memória das vítimas do massacre, na celebração do 3º Dia Nacional em Memória das Vítimas do Massacre de Nanjing, a 13 de dezembro.
A China realizou na terça-feira, dia 13 de dezembro, a sua terceira cerimónia nacional em memória das vítimas do massacre cometido pelos agressores japoneses em 1937.
“Essa cerimónia é realizada para relembrar e defender uma verdade que não pode ser negada. O Massacre de Nanjing está marcado na história e não pode ser desmentido ou rejeitado”, defendeu Zhao Leji, membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh).
Zhao reforçou que os eventos realizados a nível nacional representam um apelo à paz e não ao ódio, acrescentando que a China está disposta a manter a justiça e a paz com a comunidade internacional.
As tropas japonesas invadiram Nanjing, na altura capital da China, a 13 de dezembro de 1937, onde dizimaram mais de 300.000 soldados desarmados e cidadãos e violaram mais de 20.000 mulheres, durante aproximadamente um mês, segundo a agência Xinhua.
Em fevereiro de 2014 foi estabelecido o Dia Nacional em Memória das Vítimas do Massacre de Nanjing, celebrado anualmente no dia 13 de dezembro.
“Nunca serão esquecidos”
Em Nanjing, depois do toque das sirenes, o trânsito parou e os cidadãos fizeram um minuto de silêncio.
Yin Hao, de 47 anos de idade, agente de aluguel de veículos, relatou ao Global Times que “a homenagem silenciosa parece já ser um costume. Quando cheguei ao escritório os meus colegas pouco falaram e assim que soaram as sirenes, toda a gente parou de trabalhar e permaneceu em silêncio”.
Na terça-feira, os cidadãos chineses prestaram homenagem às vítimas através da partilha e publicação de fotografias e mensagens nas redes sociais.
No Weibo, o hashtag #memorialday foi utilizado 2.5 bilhões de vezes e recebeu 1.2 milhões de comentários.
As autoridades locais e os institutos multinacionais revelaram novas informações e provas históricas das atrocidades cometidas pelos japoneses, acrescentando, no sábado, mais 110 nomes na lista das vítimas inscritas no monumento em sua memória.
Um novo livro, intitulado “Memória da Humanidade: Provas Concretas do Massacre de Nanjing”, que consiste na junção de 200 documentos e imagens recolhidos na China, Japão e outros países sobre o tema, foi publicado na segunda-feira.