Apple procura levantar proibição do iPhone 6

Fonte: Diário do Povo Online    08.12.2016 15h18

A Apple, gigante de alta tecnologia norte-americana, argumentou nesta quarta-feira em um tribunal de Beijing que as suas projeções do iPhone 6 e iPhone 6 Plus não são cópias de um produto produzido na China, e, como tal, devem ter a sua venda autorizada no mercado do país.

Em 10 de maio, o Gabinete de Propriedade Intelectual de Beijing, suspendeu as vendas do iPhone 6 e iPhone 6 Plus devido à possibilidade de que estes modelos de celulares da Apple infringissem a patente associada às especificações do modelo “100C”, produzido pela Shenzhen Baili Marketing Service Co.

Yang Anjin, advogado da empresa chinesa, disse ter requisitado a proibição após descobrir que os modelos do iPhone se assemelhavam muito ao modelo 100C.

A empresa recebeu uma patente para o 100C em julho de 2014, dois meses antes do lançamento do iPhone 6 e do iPhone 6 Plus na China, de acordo com Yang.

O escritório de propriedade intelectual disse que as diferenças são muito pequenas para serem detetadas pelos consumidores normais. Como tal, ordenou à Apple e a um revendedor de seus produtos em Beijing para suspender as vendas dos dois modelos.

"Os consumidores normais podem distingui-los facilmente", disse Yang Pu, advogada da Apple durante a audiência no Tribunal de Propriedade Intelectual de Beijing, alegando que o iPhone 6 e iPhone 6 Plus tem 13 diferenças em comparação com o 100C.

Por exemplo, o ângulo da curva em ambos os lados do modelo do iPhone é simétrica, "o que é completamente diferente do produto chinês", disse ela. "Nesta ocasião, não achamos que infringimos qualquer direito de propriedade intelectual da empresa de Shenzhen."

Não é razoável o corte das vendas dos modelos do iPhone, acrescentou a advogada.

O tribunal não anunciou um veredicto após ouvir o caso ao longo de quase oito horas na quarta-feira.

Este caso de litígio de propriedade intelectual é o mais recente envolvendo a Apple e o design dos seus produtos na China.

A Apple processou também anteriormente um departamento do governo chinês e uma empresa local relativamente a uma disputa de patentes relacionadas ao produto “Siri” da empresa americana.

Em 2012, a Apple pagou US$ 60 milhões a um fabricante de telas de computador e luzes LED, com sede em Shenzhen, para resolver uma disputa sobre o registo de marca do iPad no continente chinês.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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