Beijing, 5 dez (Xinhua) -- O presidente chinês Xi Jinping pediu por um exército menor com melhor capacidade de combate e estrutura otimizada conforme a reforma militar aprofunda.
Xi, também o presidente da Comissão Militar Central (CMC) e chefe de um grupo dirigente para aprofundar a reforma de defesa nacional e forças armadas, fez as observações em uma conferência de dois dias sobre a reforma militar, concluída no sábado.
"Isto é uma mudança essencial e inevitável", disse Xi na reunião. "Nós devemos aproveitar a oportunidade e fazer avanços".
O presidente disse que mudanças devem ser feitas se a China quiser construir um forte exército de classe mundial.
Xi anunciou em setembro do ano passado que as forças armadas reduzirão 300 mil elementos a partir dos originais 2,3 milhões.
Citando rápidas mudanças no ambiente militar mundial, Xi falou sobre a guerra moderna informatizada, observando que operações conjuntas se tornaram a forma básica do combate.
"Consequentemente, há novas mudanças em termos do tamanho, estrutura e formação do exército, ou seja, menor em tamanho, mais competente em força, modularização e funcionalidade múltipla, com fatores científicos tendo maiores papéis", explicou Xi.
O presidente, que também é o secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China, disse que a estrutura do exército deve ser reajustada e otimizada; novo tipo de forças deve ser desenvolvido; proporções entre tipos diferentes de forças, racionalizadas; e o número e escala do exército, reduzidos.
O exército chinês deve crescer para se tornar forças armadas modernas com características chinesas, que podem vencer guerras informatizadas e cumprir suas missões, segundo o presidente.
"A quantidade deve ser reduzida, e a qualidade, melhorada, para construir um exército permanente competente, eficiente e modernizado", assinalou Xi, acrescentando que a China deve desenvolver um sistema de força da operação conjunta, com a força de elite no núcleo.
Xi também pediu às forças armadas que tratem a reforma como uma importante questão política, fortaleçam as normas e disciplinas no trabalho, e limpem ainda mais a influência perniciosa de Guo Boxiong e Xu Caihou, dois ex-vice-presidentes corruptos da CMC.
Um total de 230 funcionários militares de alto escalão, incluindo membros da CMC, participaram da reunião.
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