Beijing, 30 nov (Xinhua) -- As empresas chinesas registraram mais vazamentos de segurança da informação durante os 12 meses com término em junho, como resultado dos desafios provocados pelo rápido desenvolvimento da tecnologia da internet, informou na terça-feira uma pesquisa da empresa de contabilidade PwC.

Em média, haviam 2.577 incidentes de segurança detectados pelos entrevistados no continente chinês e Hong Kong nos 12 meses até junho, um aumento em relação aos 1.254 do ano passado e os 241 de 2014.

Embora cresça rapidamente, o número é muito inferior à média global de 4.782.

O diretor-chefe de garantia de riscos da PwC China, Ryan Hao Yao, atribuiu o forte aumento à ampla aplicação de novas tecnologias. "Ao criar oportunidades de negócios, as novas tecnologias também reformaram a estrutura da segurança da informação e causaram problemas que não tinham sido descobertos anteriormente".

A Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) é um dos principais objetivos dos ciberataques, respondendo por 42,7% de todos os incidentes de segurança e um aumento anual de 24,7%.

A maioria dos dispositivos inteligentes da IoT é barato e facilmente acessível, e falta mecanismos de defesa maduros, se tornando vulneráveis, disse Yao.

Apesar da situação, as empresas pesquisadas reduziram seus gastos em software de segurança e outras ferramentas de defesa, devido ao clima econômico global pessimista.

A PwC sugeriu que as empresas tomem medidas para desenvolver seus sistemas de segurança, incluindo a adoção de computação em nuvem e de software de código aberto, em resposta às ameaças reais e crescentes provenientes dos riscos na internet.

"As empresas devem garantir que sua tecnologia possa acompanhar o crescimento das ameaças de cibersegurança", apontou Samuel Sinn, parceiro de segurança e privacidade da internet da PwC China.

A pesquisa anual realizada pela PwC abrangeu 440 empresas e executivos de segurança da TI da China, mais de um terço das empresas pesquisadas teve receitas anuais de mais de US$ 1 bilhão.