Opinião: Encontro entre Xi Jinping e Hung Hsiu-chu tem implicações positivas

Fonte: Diário do Povo Online    02.11.2016 13h06

Por Wu Yaming, Diário do Povo

O secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), Xi Jinping, reuniu-se nesta última terça-feira com uma delegação liderada por Hung Hsiu-chu, líder do Kuomintang (Partido Nacionalista, abreviado para KMT) de Taiwan. Ambas as partes trocaram opiniões sobre a situação e a promoção das relações entre os dois lados do Estreito de Taiwan.

Trata-se do primeiro encontro entre os líderes do PCCh e do KMT desde a grande mudança política ocorrida este ano na ilha de Taiwan. Deste modo, o encontro tem um grande significado para a manutenção do intercâmbio de alto nível entre os dois partidos, o reforço da base política comum e a defesa do desenvolvimento pacífico, da estabilidade e dos interesses dos compatriotas dos dois lados do Estreito de Taiwan.

O encontro entre Xi Jinping e Hung Hsiu-chu serviu para constatar as importantes contribuições efetuadas pelos dois partidos para o desenvolvimento pacífico das relações dos dois lados do Estreito. O encontro demonstra que, perante as novas circunstâncias, os dois partidos reforçarão o intercâmbio no âmbito da base política comum, persistindo no “Consenso de 1992” e na oposição contra uma suposta “independência de Taiwan”.

O encontro entre Xi Jinping e Hung Hsiu-chu consolidou e aprofundou o “Consenso de 1992”. Tendo como núcleo a “persistência no princípio de Uma Só China”, o consenso define a natureza das relações entre os dois lados do Estreito: a parte continental da China e Taiwan pertencem a uma só China; as relações entre os dois lados do Estreito não são relações entre Estados.

O consenso, baseado em princípios jurídicos e em fatos objetivos, delineia as relações entre os dois lados do Estreito. O consenso foi atingido através de negociações entre as duas partes e da busca de uma base comum, procurando a contenção das diferenças entre os dois lados do Estreito. Este não foi imposto a Taiwan unilateralmente pela parte continental da China.

Este ano, o intercâmbio institucionalizado entre os dois lados do Estreito foi suspenso, o que prejudicou os interesses do povo e a tendência positiva de desenvolvimento pacífico das relações entre os dois lados do Estreito verificada ao longo dos últimos oito anos. A raiz do problema resido na intransigência do Partido Democrático Progressista de Taiwan não reconhecer o “Consenso de 1992” nem o princípio de uma só China, destruindo unilateralmente a base política comum entre ambas as partes.

O encontro entre Xi Jinping e Hung Hsiu-chu enfatiza a oposição contra uma suposta “independência de Taiwan”. “A independência de Taiwan” apenas atuaria em prejuízo da paz e do desenvolvimento estável das relações entre os dois lados do Estreito.

A parte continental da China respeita a escolha dos habitantes de Taiwan de manter o seu atual sistema social e estilo de vida. Porém, Taiwan deve também respeitar os sentimentos do povo da parte continental da China, nomeadamente a memória do seu país sendo vítima de invasões estrangeiras na história recente e o desejo de se opor ao separatismo, preservando a defesa da unidade nacional.

Os compatriotas dos dois lados de Estreito de Taiwan formam uma família e uma comunidade de destino comum. Neste momento, é fulcral que ambos se esforcem juntos para a criação de um novo futuro para as relações, rumo à realização do rejuvenescimento da nação chinesa. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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