Seis membros da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS) irão anunciar 38 “medidas pragmáticas” para aumentar a cooperação em áreas como transportes e infraestruturas, segundo avançaram fontes diplomáticas na segunda-feira.

Os acordos são um dos pontos altos de uma visita de 8 dias, na qual o primeiro-ministro Li Keqiang visitará o Quirguistão, a Letónia e a Rússia.

Espera-se que as medidas sejam assinadas durante a primeira visita de Li, no Quirguistão, segundo informações avançadas pelo ministro assistente dos negócios estrangeiros, Li Huilai, durante uma conferência de imprensa.

Li Keqiang irá participar no 15º encontro do Conselho de Chefes de Governo da OCS, na quarta-feira e quinta-feira, em  Bisqueque, capital quirguiz, de acordo com Li.

Chen Fengying, um investigador do Instituto da China para as Relações Internacionais Contemporâneas, considera que esta visita irá promover a colaboração dentro da OCS, assim como incrementar a cooperação económica e de segurança numa região fundamental para a iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota”.

A OCS, originalmente construída em torno de questões de segurança, providencia uma forma para a China cooperar com a Rússia e com 5 países vizinhos da Ásia Central em áreas como a luta contra o terrorismo, especialmente após a embaixada chinesa no Quirguistão ter sido atacada em agosto.

As nações da região irão também demonstrar uma forte inclinação para unirem as suas estratégias nacionais com a iniciativa Um Cinturão e Uma Rota, segundo adiantou o ministro assistente.

O primeiro-ministro deverá marcar presença no quinto encontro de chefes de Estado da China e dos países da Europa central e de leste em Riga, a capital da Letónia. Deverão aí ser assinados acordos em torno da cooperação comercial, educação e intercâmbio de recursos humanos.

Após esse encontro, Li Keqiang irá deslocar-se a São Petersburgo para se encontrar com o seu homólogo russo, Dmitri Medvedev, para a 21ª Reunião Regular entre chefes de Governo Russos e Chineses. A reunião deverá possibilitar a expansão da cooperação em setores como o energético, ferrovias de alta velocidade e desenvolvimento de aviação civil.