A campanha chinesa contra a corrupção atingiu progressos significativos nos últimos anos.
BEIJING, 31 out (Diário do Povo Online) - O Interpol emitiu, no ano passado, um mandado de captura sobre 100 funcionários públicos chineses, 35 dos quais regressaram à China até setembro, de acordo com a Comissão Central para a Inspeção Disciplinar (CCID) do Partido Comunista da China (PCCh).
O “mandado vermelho”, emitido pela ramificação chinesa da Interpol, impõe que todos os 190 membros da Interpol façam cumprir o estipulado no documento através das suas redes.
Simultaneamente, 2210 indivíduos, dos quais 263 são funcionários públicos, regressaram à China após estarem evadidos no exterior. Cerca de 7,99 bilhões de yuans foram devolvidos por estas pessoas.
O grupo central de coordenação anticorrupção da China lançou uma série de campanhas especiais desde 2014, incluindo o “Sky Net 2015 and 2016”, para capturar infratores corruptos no exterior.
“É preciso que todos os envolvidos em atividades de corrupção não tenham onde se esconder ou para onde escapar”, disse o presidente chinês, Xi Jinping, em relação à luta contra a corrupção. O presidente proferiu tal afirmação na 6ª Sessão Plenária da 18ª Comissão Central para a Inspeção Disciplinar.
O website do CCID demonstra o sucesso da campanha nos últimos três anos.
Três dias após o lançamento do “mandado vermelho” dos 100 fugitivos, Dai Xuemin, ex-gerente de uma companhia estatal de crédito e investimento, com sede em Shanghai, foi capturado 14 anos após a sua fuga.
Depois desta, 35 pessoas na lista regressaram à China provenientes de vários países e regiões, incluindo os EUA, Canadá, Áustria, Nova Zelândia, São Vicente e Granadinas.
As pessoas na lista foram julgadas perante a justiça, mensalmente, entre abril de 2015 e outubro de 2016;
Zhu Haiping, ex-gerente geral da Shenzen Yuwei Industry Corporation, voltou para a China em julho, depois de escapar para os EUA há 18 anos.
Por meio da cooperação internacional, o rastreamento de suspeitos torna-se mais fácil. 19 dos 35 indivíduos na lista retornaram à China provenientes de países avançados, como os EUA, Canadá, Áustria e Nova Zelândia.