Recentemente os Correios da China divulgaram o “relatório da tendência de desenvolvimento do empacotamento verde dos serviços de entregas da China”. De acordo com a média apurada, é empregue cerca de 1 metro de fita cola por embalamento. No total, no ano de 2015, foram apurados cerca de 17 bilhões de metros gastos, o equivalente a 425 voltas ao equador.

Muitos dos materiais utilizados na indústria de entregas não são ainda reciclados. Em 2015 foram, no total, contabilizados de 30 milhões de sacos, 9,922 biliões de caixas de papelão, e os já referidos 17 bilhões de metros de fita-cola.

Os Correios da China preveem que o ano de 2016 venha a produzir 30 biliões de pacotes, e que este valor venha a atingir os 50 biliões em 2018. O progresso da área induz que no futuro o uso destes venha a ser ainda maior.

Deste modo, no que diz respeito às atuais quantidades de materiais usados na indústria de entregas, o problema reside no facto de não existir ainda um regulamento unificado, sendo que cada empresa, ou os próprios consumidores, decidem arbitrariamente o que fazer com os materiais. O relatório indica que a reciclagem ou reutilização dos materiais envolvidos no empacotamento é muito deficiente.

Felizmente, muitas empresas do setor começam a fazer experiências com vista a garantir a sustentabilidade. Entre as medidas a serem aplicadas, estão incluídas o uso mais racional no empacotamento dos produtos, preterir materiais descartáveis dando preferência aos recicláveis durante o trânsito dos pacotes, aumentar a velocidade do processo de reciclagem, etc.

A título de exemplo, a empresa de entregas Shunfeng realizou no início de 2014 o uso de novas tecnologias, reduzindo com sucesso a quantidade de tinta usada em impressões em 70%. Face ao valor mensal de materiais impressos, a rondar os 150 milhões, passou a ser possível poupar 750 toneladas de tinta. Simultaneamente, sem colocar a performance dos seus serviços em causa, a Shunfeng passou a usar fita-cola de 0,06mm de espessura, ao invés dos 0,07 que usava até então. Isto significa uma poupança anual de 1709 toneladas de plástico. A empresa cortou também na quantidade de papel utilizado no empacotamento, nomeadamente nas caixas, em 40%, permitindo uma poupança anual de 5686 toneladas.

Concomitantemente, as várias plataformas de comércio eletrónico juntaram-se à reutilização dos materiais das embalagens. O grupo Womai advoga ter reutilizado em 2013, em três pontos de venda (Beijing, Shanghai e Guangzhou), 560 mil embalagens de cartão. Estes valores ascenderam em 2014 e 2015 a 1,04 milhão e 2 milhões em 2014 e 2015, respetivamente.

Este ano, o grupo Cainiao juntou-se a 32 outros parceiros domésticos e internacionais para um projeto conjunto ao qual deram o nome de “plano verde”. O plano verde contempla o objetivo de, até 2020, substituir os materiais de 50% das embalagens por equivalentes 100% biodegradáveis. O grupo Alibaba espera poder substituir as embalagens de papel utilizadas atualmente por equivalentes mais amigas do ambiente. Em abril deste ano esta campanha começou já a ser levada a cabo em Shanghai, sendo que se prevê que no final do ano o grupo Cainiao e os seus parceiros possam passar a englobar um total de 20 cidades.