HANGZHOU, 6 de set (Diário do Povo Online) - O presidente chinês, Xi Jinping, comunicou na segunda-feira ao primeiro-ministro japonês Shinzo Abe que a China e o Japão deverão "pôr de lado as disputas" e retomar as relações normalizadas entre os dois países o mais rapidamente possível.
De acordo com o presidente chinês, a postura da China face ao melhoramento das suas relações com o Japão não sofreu alterações. Os laços bilaterais deram entrada numa fase-chave, onde "nenhum progresso significa regressão."
"Ambos os lados devem reforçar o seu sentido de responsabilidade e a consciência para a existência de crises. Devemos trabalhar centrados nos elementos positivos dos laços bilaterais e isolar os negativos, a fim de assegurar uma melhoria estável das relações", disse Xi.
O líder chinês salientou que a China e o Japão devem agir de acordo com os quatro documentos políticos e o acordo do princípio de quatro pontos, alcançado no final de 2014, com o propósito de garantir que a base política das relações bilaterais permanecerá firme.
Os documentos supracitados foram criados e assinados por ambas as partes primariamente, após a normalização das relações sino-japonesas em 1972, seguindo-se 1978, 1998, 2008, e, mais recentemente em 2014, para pautar a conduta das relações bilaterais.
Ao falar da cooperação China-Japão, Xi referiu que ambos os países são altamente complementares ao nível da economia. Foi também apontada a possibilidade de fortalecer a comunicação macroeconômica e de elevar o nível da cooperação prática em todos os setores.
Abe, por sua vez, felicitou a China pelo sucesso da Cúpula do G20 em Hangzhou.
O primeiro-ministro japonês asseverou que o Japão atribui grande importância às suas relações com a China, frisando que os dois países são "vizinhos que não podem ser separados."
Tóquio está disposta a reforçar a confiança política com Beijing, e irá trabalhar no sentido de melhorar as relações bilaterais no espírito do consenso alcançado entre os dois países.
Abe acrescentou que o Japão terá pedido para intensificar a cooperação com a China nas áreas de finanças, comércio e proteção ambiental.
