Poucas horas depois de Dilma Rousseff ter sido impugnada, o ex-vice-presidente e agora inimigo político Michel Temer ocupou o lugar da presidência.
Durante uma sessão especial do congresso, após o ressoar do hino nacional, Temer passou oficialmente a deter o título de Presidente da República do Brasil. Na cerimônia, Temer for acompanhado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski; pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Temer ocupará o cargo até 31 de dezembro de 2018.
O novo Presidente da República não proferiu qualquer discurso, mas gravou uma mensagem que foi dirigida à nação na quarta-feira à noite.
Após a cerimônia de juramento, Temer procedeu à primeira reunião com o seu conselho de ministros enquanto presidente. Temer prepara-se agora para voar até à China, onde participará de vários eventos, culminando com a cúpula do G20, na cidade de Hangzhou a 4 e 5 de setembro.
Dilma Rousseff comprometeu-se a manter uma resistência “firme, incansável e energética” contra o atual governo.
Falando desde o palácio presidencial, e acompanhada dos seus aliados políticos, Rousseff disse que a decisão do Senado representa um “dia de luto para a democracia brasileira”.
De acordo com Rousseff, o governo de Michel Temer estará preparado para atacar os direitos dos mais variados quadrantes sociais, tais como o “trabalho, aposentadoria justa, alojamento, saúde, educação e cultura, direitos dos jovens, negros, indígenas, comunidade LGBT, e o direito de protestar sem ser reprimido”.
Porém, mencionou ainda que o trabalho iniciado por Lula da Silva (2002-2010) não teria ainda terminado e que o seu partido voltaria para “um Brasil onde o povo seja soberano”.