Brasília, 31 ago (Xinhua) -- O julgamento do impeachment da suspensa presidente brasileira Dilma Rousseff entrou na etapa final na manhã de terça-feira, com a defesa e a acusação apresentando seus argumentos.

O chefe do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, abriu a sessão às 10h26 a hora local, dizendo que cada lado teria pelo menos 90 minutos para fazer seu caso.

Senadores então têm 10 minutos cada para assistir à sessão, se quiserem. Cerca de 60 dos 81 senadores foram registrados a fazer isso durante os processos do dia.

Os legisladores votarão sobre o impeachment de Rousseff na quarta-feira, disse Lewandowski, com o objetivo de evitar extender a sessão de terça-feira até o próximo dia.

Na segunda-feira, Rousseff falou em sua defesa e foi questionada por quase 14 horas por senadores que acreditam que ela é "criminalmente responsável" por disfarçar um grande déficit público, com o objetivo de melhorar suas chances de ser reeleita para o segundo mandato.

Os senadores opostos ao impeachment aproveitaram seu tempo distribuído para elogiar o trabalho de Rousseff como presidente e acusar o processo de impeachment como uma tentativa de ganhar poder.

Rousseff negou as acusações e descreveu o julgamento como um golpe legislativo organizado pela oposição política conservativa para tirar o Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual ela faz parte, do poder.

Seu parceiro de eleição e vice-presidente, Michel Temer, participou da oposição durante sua campanha de iniciar o impeachment, e foi nomeado o presidente interino.

Se Rousseff for impedida, Temer se tornará o presidente do país e servirá o restante de seu mandato até a próxima eleição em 2018. Fim