Hong Kong, 19 ago (Xinhua) -- A China completou 1.795 doações de órgãos no primeiro semestre, 45% a mais que no mesmo período de 2015, disse na quinta-feira um funcionário.
"A média anual chinesa de doações é a maior na Ásia e a terceira do mundo", declarou Wang Haibo, diretor do Sistema de Resposta de Transplante de Órgãos da China (COTRS, em inglês), no 26º Congresso Internacional da Sociedade de Transplante (TTS, em inglês), em Hong Kong.
Houve 2.766 doações na China no ano passado, acima de 2013 e 2014.
Realizado pela primeira vez na China, o congresso da TTS é a maior e mais confiável conferência sobre o assunto e reuniu especialistas do mundo todo para discutir o progresso que a China tem alcançado e outros assuntos acadêmicos.
Os profissionais da China e do exterior ressaltaram que os regulamentos, sistemas e padrões de transplante da China foram criados de acordo com os princípios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e outros padrões internacionais.
Li Bin, diretora da Comissão Nacional da Saúde e do Planejamento Familiar da China, disse, por meio de um enviado, que se criou o "modo chinês" de doação.
"A atitude do governo com o transplante é consistente e clara", disse Li, acrescentando que a meta é se desenvolver no setor de uma maneira legal e legítima em todos os aspectos como organização, técnicas, implementação, transporte e supervisão.
O governo chinês começou o trabalho de doação de órgãos em 2010 e em 2015 proibiu usar os de prisioneiros executados, o que deixou a doação voluntária como o único recurso legal.
O presidente da TTS, Philip O'Connell, disse que a TTS continuará a apoiar a China e exaltou o progresso obtido com o fim do uso de órgãos de executados depois de décadas de reforma.