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BEIJING, 18 ago (Diário do Povo Online) – A China e o Mianmar concordaram esta quinta-feira em reforçar a cooperação no setor da energia, em busca de uma solução para o projeto pendente do Dique Myitsone.
O acordo foi fechado entre o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e a conselheira de Estado birmanesa, Aung San Suu Kyi, que iniciou na quarta-feira uma visita oficial de cinco dias à China.
“A China espera que o Mianmar possa ter uma solução apropriada relativamente ao dique Myitsone”, afirmou o vice-Ministro das Relações Exteriores chinês, Liu Zhemin, em declarações aos repórteres, no seguimento da conversa mantida entre os líderes dos dois países no Grande Salão do Povo.
Suu Kyi fez notar que o novo governo do Mianmar já decretou o estabelecimento de um comitê de investigação, de modo a encontrar uma solução para o dique Myitsone que seja favorável para ambos os países.
Li Keqiang pediu a ambas as partes um compromisso para com empreendimentos de grande escala, incluindo o Dique Myitsone e o gasoduto China-Mianmar, de forma a melhorar a construção de infraestruturas e a conectividade entre as duas nações.
O Dique Myitsone foi co-fundado pela China e pelo Mianmar, mas foi suspenso pelo governo birmanês em 2011.
O presidente birmanês, U Htin Kyaw, decidiu há uma semana formar uma nova comissão para rever todos os projetos de energia hidráulica no rio Irrawaddy, no qual se inclui o Dique Myitsone.
Aung San Suu Kyi é a primeira líder do Mianmar a visitar a China desde março passado, quando foi formado o novo governo do país. Anteriormente, visitara a China em junho de 2015, na qualidade de presidente da Liga Nacional pela Democracia (LND).
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