Beijing, 18 ago (Xinhua) -- O crescimento econômico fraco, em vez do comércio global, deve ser culpado pelas aflições de aço da União Europeia (UE) e o protecionismo não é uma solução, afirmou na quarta-feira o Ministério do Comércio da China.
A China está preocupada em relação às práticas de defesa comercial adotadas pela UE contra os produtos de aço chineses, que têm uma participação de mercado de menos de 5% na UE, disse Shen Danyang, porta-voz do Ministério, em uma coletiva de imprensa.
A Comissão Europeia decidiu em 4 de agosto impor tarifas de 19,7% a 22,1% para os produtos de aço laminado a frio importados da China, a segunda rodada de tarifas antidumping contra aço chinês naquela semana.
A UE deve evitar abusar de medidas de defesa comercial e estar ciente da mensagem que está enviando com esse comportamento, segundo Shen.
A China e os membros da UE se beneficiaram do comércio de aço, já que o país asiático importa anualmente uma quantia considerável de produtos de aço da UE enquanto as exportações chinesas à UE ajudaram a apoiar seu desenvolvimento da infraestrutura, assinalou Shen.
Os ministros do Comércio do Grupo dos Vinte (G20) atingiram um consenso contra o protecionismo comercial em uma reunião em Shanghai no último mês.
O protecionismo e outras práticas que obstaculizem a competição do mercado justa não são caminho certo para o setor siderúrgico da UE e todas as partes envolvidas devem aliviar disputas comerciais através de mais intercâmbios e cooperação, acrescentou Shen.