Gerador de energia eólica operado pela REN
Após a crise da dívida nos países europeus, a economia portuguesa tem enfrentado dificuldades. A Redes Energéticas Nacionais (REN), a maior empresa de energia elétrica de Portugal, não conseguiu sair da crise e teve de procurar novos investidores.
No fim de 2011, a estatal chinesa Três Gargantas comprou 21,35% das ações da REN com um investimento de 2,69 bilhões de euros, se tornando a maior acionista da empresa portuguesa.
Antes da aquisição, o custo do financiamento da REN continuava aumentando e a empresa não conseguia lançar dívidas no mercado internacional. Nos últimos cinco anos, a estatal chinesa fez vários empréstimos financeiros na China num total de um bilhão de euros. O Banco da China e o Banco Industrial e Comercial da China forneceram empréstimos à REN para ajudá-la a sair das dificuldades. Em 2012, a REN voltou ao mercado de dívidas da Europa e atualmente, a REN recuperou completamente suas capacidades de financiamento.
A REN tem a receita anual que representa cerca de 10% do PIB de Portugal, possuindo uma posição importante no país. A melhoria na operação da REN pode estimular o crescimento econômico de Portugal, o que mostra, em certo grau, que o investimento chinês ajuda a promover o desenvolvimento socioeconômico do país europeu.
O investimento da Três Gargantas na REN também tem um bom faturamento, não só atingindo seu objetivo fiscal, mas também explorando negócios no mercado internacional. Antes de investir na REN, a estatal chinesa não tinha nenhum investimento no mercado europeu nem americano, mas por outro lado, a REN tem projetos em 14 países e regiões, sendo o terceiro maior operador de energia eólica nos Estados Unidos e o quinto maior operador não estatal de energia elétrica no Brasil. A renda obtida no exterior pela REN representa 60% da sua renda total.
Graças à cooperação com a REN, a Três Gargantas conseguiu entrar no mercado de energia elétrica de países europeus e americanos, como por exemplo, obteve projetos de energia eólica de 320 mil KWs, entrou no mercado brasileiro, que possui o segundo maior recurso de energia hidráulica no mundo, e fechou 3 protocolos com a França e Reino Unido sobre os projetos de energia eólica no mar.
Além da Três Gargantas, os bancos chineses, o State Grid e Fosun Group, entre outros, também investiram em Portugal, contribuindo para a recuperação da economia e o desenvolvimento social do país. Segundo estatísticas, o investimento chinês em Portugal já ultrapassou os 8 bilhões de euros, abrangendo os setores de energia, eletricidade, telecomunicação, seguros, saúde, design entre outros.