A Didi Chuxing, uma empresa chinesa de e-hailing, confirmou na segunda-feira que irá se fundir com a Uber China, colocando um ponto final na competição aguerrida entre as duas empresas pela liderança de mercado do setor na China.
A Didi disse em um comunicado que concorda em obter as operações da Uber na China, mediante um acordo que dá à Uber 5,89% da cota da Didi. A Didi irá também garantir uma pequena cota nos negócios globais da Uber, avaliados em 68 bilhões de dólares.
“Ambas as partes irão passar a ser pequenas acionistas uma da outra”, apontou um comunicado emitido pela Didi.
No comunicado lia-se que os 5,89% da cota que a Uber irá deter das ações da Didi, equivalem a 17, 7% dos direitos económicos. Os restantes acionistas chineses da Uber China passarão a deter 2,4% dos direitos económicos.
A Didi Chuxing tornou-se na única empresa no país a receber investimentos das três maiores empresas do setor online do país – Baidu Inc., Tencent Holdings Ltd e Alibaba Group Holding Ltd.
“Cheng Wei, fundador e presidente da Didi Chuxing, e Travis Kalanick, chefe executivo da Uber, irão simultaneamente passar a constar no quadro de diretores da outra empresa”, adiantou o comunicado.
Os meios de comunicação internacionais adiantaram que os investidores das duas companhias têm incentivado ambas as empresas a desistirem da disputa na China, pois ambos despenderam de muitos recursos para conseguir uma base de clientes leal.
Na semana passada foi aprovada pelo Conselho de Estado a lei há muito esperada, que regula os serviços de e-hailing na China.
Com a finalidade de regular o mercado dos táxis e dos serviços de e-hailing no país, o regulamento requer que as plataformas e-hailing, como a Didi e a Uber, revejam as qualificações dos seus condutores e dos carros, de modo a garantir viagens seguras.
Em fevereiro passado, a Didi Dache e a Kuaidi Dache, as predecessoras da Didi Chuxing, já haviam anunciado uma fusão, sendo que dessa uma das líderes de mercado.