China tem longo caminho até reduzir estoque de imóveis, dizem especialistas

Fonte: Xinhua    21.06.2016 13h59

Beijing, 21 jun (Xinhua) -- A China ainda tem um longo caminho até reduzir o estoque de imóveis, levando em consideração a grande quantidade de casas não vendidas, segundo especialistas de mercado.

"Os esforços devem dar mais atenção às vendas, em vez de preços", disse ao Diário do Povo nesta segunda-feira David D. Li, diretor do Centro da China na Economia Mundial.

Até o fim de maio, 721,69 milhões de metros quadrados de imóveis ainda não tinham sido vendidos, apesar de representar uma redução de 5,21 milhões de m2 em relação ao mês anterior, mostrou o Departamento Nacional de Estatísticas.

"Ainda falta muito para reduzir o estoque, levando em consideração a crescente divergência no mercado imobiliário, com a alta de preços em áreas economicamente mais desenvolvidas e estagnação de vendas nas menos desenvolvidas."

Nos últimos meses, o setor vem mostrando sinais de melhora, com aumento dos preços nas grandes cidades, incluindo Beijing, Shenzhen e Shanghai. Porém, o mercado em cidades menores permanece fraco devido ao excesso de oferta.

Esse contraste fez as autoridades locais agirem de maneira diferente: Shenzhen e Shanghai anunciaram políticas mais estritas para controlar a compra especulativa e conter riscos de bolha, enquanto as pequenas cidades estão explorando novas medidas para estimular as vendas.

Na Província de Shanxi (centro), trabalhadores migrantes receberam subsídios e pagam menos juros de hipoteca.

Localizada no oeste chinês, a Província de Qinghai permitiu às incorporadoras imobiliárias deixar de construir casas para usar os terrenos em indústrias como turismo e esporte.

Yang Song, economista da Academia de Ciências Sociais de Beijing, disse que, para as pequenas cidades, as autoridades devem integrar o processo de venda dos imóveis em estoque com o ímpeto de urbanização do país e promover a construção de casas populares.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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