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Taxistas de Taiwan protestam contra recusa de Tsai ao Consenso de 1992

Fonte: Xinhua    26.05.2016 15h51
Taxistas de Taiwan protestam contra recusa de Tsai ao Consenso de 1992
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Taipei, 26 mai (Xinhua) -- Mais de cem taxistas se reuniram quarta-feira em Taipei para protestar contra a recusa da nova líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, de reconhecer o Consenso de 1992.

Dezenas de táxis passaram pela sede do Partido Democrático Progressista (PDP) com faixas que diziam: "Precisamos do Consenso de 1992. Precisamos manter nosso meio de vida" e "o Consenso significa uma vida boa".

Os motoristas e familiares se concentraram na rua da sede e gritavam palavras de ordens similares.

No discurso de posse sexta-feira passada, Tsai disse que respeitava o "fato histórico de que duas instituições que representam cada lado do Estreito de Taiwan tenham alcançado reconhecimentos e entendimentos em 1992 por meio de comunicação e negociação", mas que não reconhecia o Consenso de 1992 como representante do princípio de uma só China.

"Estou ganhando quase 10 mil dólares de Taiwan (US$ 306) a menos por mês porque menos turistas estão vindo da parte continental", disse o taxista Sun Chung-le, de 67 anos.

Sun culpa a postura de Tsai diante das relações ao longo do Estreito pela queda no número desses visitantes. Antes, atendia cerca de dez por dia, mas atualmente chega a ficar vários dias sem atender nenhum.

"Pedimos a Tsai Ing-wen que reconheça o Consenso de 1992 e mantenha o desenvolvimento das relações através do Estreito. Queremos mais turistas da parte continental em Taiwan, para aumentar nossa renda", declarou o taxista Zhang Chih-ming.

Nos últimos oito anos, a ilha vem recebendo cada vez mais visitantes continentais, que fazem os taxistas ganharem ainda mais se viajam sem agências, disse o organizador da manifestação.

"Agora ganhamos metade do que antes", disse um taxista de sobrenome Dai. "Muitos colegas que dependiam dos turistas da parte continental agora têm empregos de meio período para complementar a renda".

"Esperamos que a gestão PDP se importe com a vida das pessoas e reconheça o Consenso de 1992. Só assim as relações através do Estreito se desenvolverão. Perder os laços com a parte continental vai prejudicar a economia de Taiwan", acrescentou.


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