China valoriza sinceridade na mediação de disputas

Fonte: Diário do Povo Online    25.05.2016 13h36

A China, por intermédio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, avança que a sinceridade, ao invés da influência de um país, deve ser o argumento primordial na forma como uma nação justifica as suas ações.

O comentário surge após declarações do Presidente Barack Obama, onde este diz que “as grandes nações não devem oprimir as mais pequenas”.

A porta-voz do Ministério suprarreferido, Hua Chunying, adianta que, dos 12 países-vizinhos com os quais a China estabeleceu acordos de demarcação territorial, 5 têm tamanho inferior às Filipinas e 10 têm uma população também mais reduzida que aquele país.

“Este fator demonstra que o tamanho de um país não está relacionado com a questão. O ponto essencial prende-se com o facto dos países envolvidos terem ou não a determinação e sinceridade para resolverem as disputas pela via do diálogo e da consulta”, disse Hua numa conferência de imprensa.

As Filipinas deram unilateralmente início a um caso de arbitragem contra a China no Tribunal Permanente de Arbitragem, sediado em Haia, em torno das disputas do Mar do Sul da China.

Hua apelou aos países não pertencentes à região para respeitar os esforços entre as nações concernentes na manutenção da paz e da estabilidade da zona.

Tao Wenzhao, um investigador de estudos americanos na Academia de Ciências Humanas e Sociais, disse que os EUA veem a China como a sua maior ameaça, tanto no presente como no longo prazo.

Obama disse durante o seu discurso que os EUA irão “continuar a voar, navegar e operar em todos os locais autorizados pelas leis internacionais”.

Hua reagiu, urgindo os EUA a clarificar se essa liberdade de navegação advogada se rege pela lei internacional ou por um padrão que beneficia apenas o exército americano. “Se for o último caso, receio que a comunidade internacional não concorde”.

Obama, que iniciou na última segunda-feira uma visita de Estado de três dias ao Vietname, anunciou a abolição de um embargo à venda de armas que durava há décadas.

Tom Pepinsky, um especialista no Sudeste Asiático e professor associado do governo na Universidade Cornell, comentou o sucedido da seguinte forma: “Esta decisão torna claro o plano dos EUA de conter as ambições regionais da China, contando com o Vietname como parceiro”.

Edição: Mauro Marques

(Editor:Renato Lu,editor)

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