Por Su Xiaohui
O presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou ontem (23) durante sua visita ao Vietnã que os Estados Unidos vão suspender completamente a proibição de venda de armas ao Vietnã, despertando imediatamente a atenção dos veículos de imprensa ocidentais.
A CNN disse que o acordo entre os dois líderes visa reforçar a cooperação na área de defesa nacional entre os dois lados. A reportagem também indicou que o acontecimento mostra o enfrentamento conjunto do Vietnã com os EUA contra o crescimento da influência chinesa na região. De acordo com a Agence France Presse (AFP), a suspensão da proibição de vendas de armas é um alerta emitido pelos EUA para a China sobre as questões controversas no Mar do Sul da China.
É normal dar atenção à colaboração entre os EUA e o Vietnã, mas ligar isso com a questão do Mar do Sul da China e com as relações sino-vietnamitas é uma especulação maliciosa que não corresponde à realidade.
Nos últimos anos, o apoio público nos EUA e no Vietnã sobre a cooperação bilateral tem aumentado. Economicamente, os dois países querem ampliar a cooperação econômica e comercial.
Politicamente, ambas as partes esperam reforçar os intercâmbios políticos. Com a realização da nova estratégia sobre a região Ásia-Pacífico dos EUA, o país tem maior influência nos assuntos regionais. O Vietnã é um país importante na Península Indochina e na Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Por isso, ambos os países consideram que precisam reforçar os intercâmbios sobre questões regionais.
Além disso, os dois lados também querem fortalecer a cooperação em segurança. O Vietnã está promovendo sua modernização militar. A suspensão da proibição de venda de armas é uma oportunidade para impulsionar o comércio de armas entre as duas partes. Algumas pessoas nos Estados Unidos apoiam o reforço da coordenação entre os dois países sobre a questão do Mar do Sul da China e chegam mesmo a apelar pela inclusão do Vietnã no sistema de segurança dirigido pelos EUA.