O vice-presidente brasileiro Michel Temer posa para uma foto no Palácio do Planalto, em Brasília, a 1 de maio de 2016.
O vice-presidente do Brasil, Michel Temer, assinou na quinta-feira um documento no senado, o qual o promoveu ao cargo de presidente interino, após os legisladores terem votado no sentido de prosseguir com os procedimentos de impeachment contra a agora suspensa Presidente Dilma Rousseff.
O senador Renan Calheiros anunciou a atribuição de autoridade a Temer para servir como presidente interino durante a duração do julgamento do processo de impeachment, que levará um máximo de 6 meses.
O senado votou nas primeiras horas de quinta-feira, julgando Rousseff por inflacionar as contas públicas na corrida às eleições presidenciais das quais resultou a sua reeleição para um segundo mandato.
Muitos brasileiros acreditam que a campanha para impugnar a presidente e remover o Partido dos Trabalhadores é baseado em motivações políticas por parte da oposição conservadora, que perdeu as eleições por uma margem mínima.
A crise política brasileira entra agora numa nova fase, na qual Dilma estará afastada dos assuntos governamentais durante a duração do julgamento.
Temer, membro do PMDB, assinalou na quinta-feira que o país se encontra sob uma nova liderança ao eleger um novo rol de ministros, composto essencialmente por membros do seu próprio partido. Inclui também membros do partido de direita DEM e do PTB de centro-direita.
Edição: Mauro Marques
