Beijing, 3 mai (Xinhua) -- O chanceler chinês Wang Yi fez no sábado requisitos de quatro pontos para melhorar as relações bilaterais entre a China e o Japão durante as conversas com seu homólogo Fumio Kishida na capital chinesa.
Primeiro, na política, o lado japonês deve aderir aos quatro documentos políticos entre os dois países, enfrentar e refletir a história e seguir a política de Uma Só China, disse Wang.
O ministério das Relações Exteriores chinês enfatizou que não se permite nenhuma ambiguidade nem vacilação quanto a esta importante base política para as relações bilaterais.
Segundo, em termos de sua percepção sobre a China, o Japão deve interpretar em ações concretas seu consenso com a China de que os dois países são parceiros cooperativos em vez de uma ameaça um para o outro lado, de acordo com Wang.
O Japão deve tomar uma atitude mais positiva e saudável ao crescimento da China e parar a divulgação e a repercussão das teorias de "ameaça da China" ou "recessão econômica da China", segundo Wang.
Terceiro, em termos de intercâmbio econômico, o lado japonês deve estabelecer o conceito de cooperação de ganho mútuo, abandonar a ideia obsoleta de que um lado não pode fazer sem o outro lado, ou uma parte depende mais da outra.
Em vez disso, o Japão deve fortalecer a cooperação justa e pragmática com a China com base no benefício mútuo, disse Wang.
Quarto, em termos de assuntos regionais e internacionais, os dois lados devem respeitar os interesses e preocupações legítimas do outro, e comunicar e coordenar com o outro lado de forma oportuna, disse o chanceler.
O Japão deve colocar de lado a mentalidade de confrontação e trabalhar com a China para manter a paz, estabilidade e prosperidade na região, acrescentou.
Kishida fez uma visita oficial à China de sexta-feira até sábado, a primeira desde que tomou posse há três anos, e a primeira feita por um chanceler japonês em quatro anos e meio.
Há ainda uma falta de confiança entre os dois lados apesar dos sinais de melhora nas relações sino-japonesas, assinalou Wang, e sublinhou que a origem das voltas e giros nos vínculos bilaterais é a atitude nipônica para a história e para a China.
A visita de Kishida tem um significado positivo, afirmou Wang, pedindo que o lado japonês demonstre sinceridade, ajuste suas palavras com os atos e leve de volta as relações bilaterais ao caminho do desenvolvimento saudável com ações concretas.