A população da parte continental da China atingiu 1,373 bilião de pessoas a 1 de novembro de 2015. Este valor reflete um aumento de 33,77 milhões face a 2010, quando o sexto censo nacional foi levado a cabo, de acordo com um comunicado emitido pela Administração Nacional de Estatísticas (ANE) na quarta-feira.

De acordo com um relatório conduzido pelo ANE, a média de crescimento anual foi de 0.5% durante os últimos 5 anos (2010-2015), inferior ao valor de 0.57% registado entre 2000 e 2010.

Os homens ocupam 51,22% da população, sendo que as mulheres ocupam 48,78%, respetivamente. O rácio entre homens e mulheres é de 105,02, inferior ao rácio de 2010 de 105,2.

A população a viver em áreas urbanas totalizou os 767,5 milhões, 55,88% do total, um acréscimo de 6,2 pontos percentuais face aos valores de 2010. Por seu turno, a população categorizada como “rural” caiu para os 605,99 milhões.

A pesquisa abrangeu 21,31 milhões de pessoas, perfazendo 1,55% do total da população, de acordo com a ANE.

As autoridades demonstraram preocupação face ao rácio acentuado entre os dois sexos, comprometendo-se a apertar o controlo de equipamentos médicos e medicamentos que possam ser usados em testes pré-natais para averiguar o sexo do feto e para abortar a gravidez.

A disparidade entre sexos na China é a maior do mundo. A Comissão Nacional de Saúde e Planeamento Familiar avançou no ano passado que esta situação está intrinsecamente relacionada com testes ilegais para saber o sexo dos fetos, assim como a realização de abortos seletivos, que tendem descriminar os fetos do sexo feminino. Ambas as práticas são ilegais na China. Porém, a preferência por filhos do sexo masculino, juntamente com os regulamentos até há pouco vigentes de controlo familiar, popularizaram ambas as práticas.

As pesquisas recentes demonstram que o rácio de nascimentos em 2015 foi de 113,51, decrescendo relativamente aos 121,18 verificados na década passada, em 2004.

Um rácio entre 103 e 107 é considerado normal.

Edição: Mauro Marques