A imagem, publicada pela Agência de Notícias Pública do Equador, documenta um grupo de pessoas a organizar provisões de emergência para serem transportadas para as áreas afetadas pelo terremoto. As operações decorrem num centro preparado para o efeito, instalado no Ministério de Inclusão Económica e Social, na cidade de Quito, no Equador, a 18 de abril.
As equipas de socorro intensificaram as operações na segunda-feira, para prestarem auxílio às pessoas ainda presas nos escombros causados pelo terremoto de magnitude 7.8, do último sábado à noite, que vitimou 350 pessoas e deixou outras 2,068 feridas.
Dois dias depois do desastre devastador, soldados, bombeiros e unidades da polícia, assistiram equipas de salvamento para encontrar sobreviventes, juntamente com a ajuda da unidade canina treinada para o efeito.
O epicentro do terremoto, o mais forte no país desde 1979, foi localizado nas províncias costeiras de Manabi e Esmeraldas a norte do país.
As operações de salvamento focaram-se essencialmente nas vilas de Pedernales, Manta, Portoviejo e Tarqui, todas integrantes da província de Manabi, onde as equipas de salvamento internacionais foram mais necessárias.
O Ministro da Defesa do país, Cesar Navas, disse em declarações ao canal Ecuavisa TV que havia pessoas ainda a serem assistidas em Manta, sem dar num entanto um número preciso.
“As equipas de salvamento estão a trabalhar arduamente para encontrar sobreviventes. Não perdemos a esperança de encontrar mais pessoas vivas”, disse, acrescentando que equipas da Venezuela e da Colômbia tinham já chegado ao local, e que ajuda proveniente do Peru, Chile e México se encontrava a caminho.
Angel Moreira, diretor dos bombeiros de Manta, disse à imprensa que 4 pessoas teriam sido encontradas horas antes das suas declarações, tendo uma delas acabado por falecer mais tarde.
O Presidente Rafael Correa, que se encontrava de visita a Portoviejo, a capital da província de Manabi, disse que abrigos ao ar livre tinham sido construídos para oferecer assistência àqueles que perderam a sua habitação.
“O terremoto é ainda muito recente, pelo que as pessoas preferem dormir ao relento”, disse Correa à imprensa em Portoviejo.
Centenas de pessoas encontravam-se a dormir em praças e ruas, devido ao receio de réplicas dos abalos na região.
A maior parte da província encontrava-se sem água e energia.
“O problema é que muitos cabos caíram. É uma situação perigosa e que nos obriga a um esforço suplementar de abastecer toda a população. As estações de tratamento de água estão também sem energia, o que se reflete na escassez de água. Enfrentamos um problema grave”, disse o presidente.
Edição: Mauro Marques