Beijing, 18 abr (Xinhua) -- As autoridades de estatísticas da China expressaram otimismo de se cumprir o objetivo de crescimento anual do país para este ano, depois que os últimos dados indicaram sinais de recuperação.

Espera-se que a economia se mantenha estável durante o resto do ano graças a um alentador início, a medidas efetivas propícias ao crescimento, o aprofundamento das reformas e as estáveis bases econômicas, declarou Ning Jizhe, diretor do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) da China, em uma entrevista à Xinhua.

O produto interno bruto (PIB) da China cresceu 6,7% anual no primeiro trimestre, um aumento menor que o de 6,8% do trimestre anterior, de acordo com dados do DNE. Esta cifra é congruente com as expectativas do mercado e está na faixa determinada pelo governo de 6,5 a 7% para 2016.

"As mudanças positivas em importantes indicadores ajudarão a afirmar o sentimento do mercado", disse Ning.

No período de janeiro a março, o consumo expandiu 10,3%, o investimento em ativos fixos foi de 10,7%, enquanto a produção industrial aumentou 5,8% e todas as taxas de crescimento se aceleraram em relação aos dois primeiros meses.

Dada a tendência de melhora, as políticas de apoio existentes continuarão tendo efeito, disse Ning, citando as medidas de estímulo de demanda e a reforma estrutural concentrada na oferta.

A melhora na expectativa do mercado se traduzirá em produção real e investimento que ajudará a resolver a capacidade industrial excessiva, impulsionar o desempenho corporativo e estabilizar a economia, mencionou.

Além disso, os novos motores econômicos crescerão rapidamente enquanto o governo continua a reduzir a burocracia, apoiando a inovação e o espírito empresarial e liberalizando os mercados, explicou Ning.

"A economia mantém sua capacidade de recuperação, cheia de potencial e com amplo espaço de manobra", assinalou Ning, comentando que a economia será desenvolvida e impulsionada pela atual urbanização, industrialização e transformação econômica.

Os investidores globais ficarão mais positivos em relação às perspectivas econômicas da China.

Enquanto o Fundo Monetário Internacional reduziu seu prognóstico de crescimento para os Estados Unidos, a zona do Euro e o Japão, por outro lado elevou sua previsão para a China para 6,5% em 2016 e 6,2% em 2017 no começo desta semana, ambas superiores as previsões de janeiro.