Representantes de diversos setores da educação participaram de um ato no Palácio do Planalto na terça-feira (12) pela continuidade do mandato da presidenta Dilma. (Xinhua/Roberto Stuckert Filho)
BRASÍLIA, 14 de abril (Diário do Povo Online) – A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira estar confiante de que os seus apoiadores terão os votos necessários para impedir que o processo de impeachment seja aprovado na Câmara e enviado para o Senado.
Em uma conferência de imprensa em Brasília, a presidente propôs um novo pacto entre todas as forças políticas para criar um governo de união. Para tal, é preciso que ela vença na Câmara dos Deputados.
Para que Dilma tenha seu mandato cassado, é necessário que dois terços da Câmara votem a favor do seu impeachment, antes de o pleito ser analisado e votado no Senado. Mesmo dizendo que não vai interferir na votação, Dilma não negou a possibilidade de recorrer à Suprema Corte do Brasil contra a decisão em caso de a maioria dos deputados votarem a favor de sua imputação.
A presidente também denunciou uma “conspiração com o objetivo de dar um golpe”, encabeçada pelo vice-presidente Michel Temer e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ambos do PMDB.
A Câmara dos Deputados vai começar a debater sobre o impeachment na sexta-feira de manhã e se estender até a votação no domingo.
Para que o processo de impeachment continue, 342 dos 513 deputados, 67% do total, precisariam votar a favor. Caso contrário, o processo será arquivado.