Beijing, 12 abr (Xinhua) -- O Banco Mundial previu que o crescimento da economia chinesa desacelerará para 6,7% em 2016, disse ontem o órgão em um relatório.
A previsão está a par com sua última estimativa em janeiro. O banco manteve sua previsão para 2017 em 6,5%.
"A transição ordenada da China para um crescimento mais lento porém mais sustentável continuou apesar de alguma volatilidade nos mercados financeiros", de acordo com a Atualização Econômica da Ásia Oriental e do Pacífico, que é publicado pelo banco duas vezes por ano.
A desaceleração do crescimento foi especialmente pronunciada em setores imobiliário e de manufatura. A capacidade excessiva tem sido um obstáculo para uma ampla série de indústrias, enquanto o setor de serviços permanece robusto, indica o relatório.
Apesar do crescimento do PIB mais lento, a criação de empregos urbanos excedeu a meta anual em 2015 e a renda familiar disponível cresceu mais rápido que o crescimento do PIB.
"A capacidade geral da economia da China para criar empregos é extremamente alta", disse Sudhir Shetty, economista-chefe da Região da Ásia Oriental e do Pacífico do Banco Mundial, em uma videoconferência.
O banco advertiu que o crescimento de crédito continua a ultrapassar o crescimento do PIB e a alavancagem está sendo construindo. As posições de políticas monetárias e fiscais devem permanecer acomodativas para limitar os riscos de uma queda rápida no crescimento, que pode conduzir a ajustes desordenados em desequilíbrios acumulados.
O banco também previu que o crescimento na Ásia Oriental diminuirá de 6,5% em 2015 para 6,3% em 2016 e para 6,2% entre 2017 e 2018.
"A região da Ásia Oriental e do Pacífico em desenvolvimento continua a contribuir fortemente para o crescimento global. A região respondeu por quase dois quintos do crescimento global em 2015, mais de duas vezes a contribuição combinada de todas outras regiões em desenvolvimento", disse a vice-presidente do Banco Mundial para Assuntos da Ásia Oriental e do Pacífico, Victoria Kwakwa.