Ambição da China de se tornar potência futebolística depositada nas novas gerações

Fonte: Diário do Povo Online    01.04.2016 10h19

 

Huang Bowen abre o marcador com um golo ao 58º minuto contra o Catar, a 29 de março de 2016.

Embora tenha ainda esperanças de se qualificar para o Mundial de 2018, a China tem um longo caminho a percorrer para assegurar o sucesso no cenário mundial de futebol. E precisamente isto que a China procura conseguir através das suas novas gerações de jogadores.

Após 15 anos de hiato desde a última vez que a equipa nacional se qualificara para o Mundial, a China conseguiu passar à fase final das qualificações asiáticas, após derrotar o líder do grupo, o Catar, por 2 bolas a 0 perante um grupo de 5000 conterrâneos em Xi’an.

A última vez que a China conseguiu o feito de se apurar para o mundial foi em 2002, naquela que foi a sua única participação até à data.

Oito líderes dos vários grupos, onde se incluem o Japão, a Coreia do Sul e o Catar serão escolhidos para dois grupos, juntamente com os 4 restantes “sobreviventes” a 12 de abril. Os jogos começarão em setembro para aferir quais as nações que conseguirão a qualificação automática para o Mundial da Rússia.

“A performance pobre da China a nível internacional trouxe-nos memórias duras ao longo dos anos. É bom ter, por fim, algum motivo para torcer pela equipa. Enquanto a seleção nacional jogar com garra e determinação, como desta vez, iremos para sempre apoiá-la, independentemente do resultado”, disse Wang Wen, presidente do Clube de Fans de Futebol de Beijing.

Entre os vários elogios na quarta-feira, muitos deles foram dirigidos ao treinador interino da equipa, Gao Hongbo, que foi escolhido pela Associação Chinesa de Futebol (ACF) para render Alain Perrin, após este último ter sido despedido em janeiro por resultados pobres.

Gao, um ex-atacante da equipa chinesa, tomou as rédeas da equipa quando esta estava já dependente dos resultados de outros competidores para passar à fase seguinte.

Em resposta aos apelos dos fans para o manter em funções até à etapa final, ao invés de contratar outro treinador estrangeiro, Gao revelou ainda não ter sido contactado pela ACF, mostrando-se, contudo, disponível para assumir qualquer cargo que lhe seja oferecido no futuro.

A China tem como objetivo para o futuro tornar-se numa potência futebolística. Este desejo foi apadrinhado pelo próprio Presidente Xi Jinping.

“Temos que investir mais na construção de infraestruturas, formação de treinadores e organização de ligas de estudantes ao invés de rezar no Mundial de 2018. São estes fatores que ajudarão o jogo a crescer substancialmente”, disse Jin Zhiyang, um treinador famoso de camadas jovens de Beijing.

Gao ecoou os comentários na conferência de imprensa após o jogo na terça-feira.

“O nosso sistema de cultivo da juventude assim como os nossos programas de promoção escolar deverão ser incrementados”, acrescentou.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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