BEIJING, 21 de mar (Diário do Povo Online) - O ministro das Finanças da China, Lou Jiwei, rebateu o rebaixamento da classificação de crédito soberano da China pela agência americana de classificação Moody’s no início deste mês.
Durante o Fórum de Desenvolvimento da China, realizado neste domingo (20) em Beijing, o ministro disse que não houve grandes respostas negativas de ambos os mercados internacionais ou domésticos em relação a esta mudança.
"Nós não nos importamos muito com as classificações", disse o ministro.
No início de março, a Moody’s reduziu a nota de classificação da China e dos maiores bancos do país de “estável” para “negativa”, citando as crescentes dívidas do país e a "capacidade insuficiente para levar a cabo as reformas".
Lou disse entender as preocupações da Moody’s, dizendo que a agência não levou em consideração os esforços da China em cortar o excesso da capacidade produtiva e a desalavancagem - medidas explicitadas nas Duas Sessões realizadas entre 3 e 16 de março.
Ele disse não ser razoável a agência ter elevado a nota da Grécia apesar dos graves problemas de dívida do país europeu e rebaixar a da China, cuja situação econômica é muito melhor do que a Grécia.
Em setembro do ano passado, a Moody’s elevou a nota de crédito do país europeu de “negativa” para "estável", bem como dos seus quatro principais credores.
Liang Haiming, economista-chefe do Instituto de Pesquisa iValley, um think tank com sede em Beijing, disse que a Moody’s tem, obviamente, utilizado padrões duplos".
Analistas disseram que o rebaixamento da China pela Moody’s não leva em conta a melhoria dos fundamentos econômicos do país.
Durante o fórum, o vice-premiê chinês, Zhang Gaoli, disse que de acordo com os dados do primeiro trimestre, a economia chinesa continua resistente apesar da sua desaceleração.
Revisão: Rafael Lima