BEIJING, 8 mar (Diário do Povo Online) – A China será capaz de explorar o espaço entre a Terra e a Lua para obter energia solar e outros recursos depois de construída a sua estação espacial em 2020, disse hoje o subchefe do departamento de desenvolvimento de armamentos da Comissão Militar Central, o tenente-general Zhang Yulin.
Zhang disse que os trabalhos preliminares para se alcançar esse objetivo já começaram.
"O espaço entre a Terra e a Lua terá uma importância estratégica para a grande revitalização da nação chinesa", afirmou o legislador nacional.
A autoridade militar da China é um dos vários departamentos que trabalham no programa espacial nacional.
Zhang disse à Xinhua que a geração de energia solar no espaço será muito mais eficiente que na Terra. O dióxido de silício usado nos painéis solares é inesgotável na Lua, enquanto que a água nas regiões polares da Lua e nos asteroides podem ser eletrolisadas em oxigênio e hidrogênio para a alimentação dos propulsores das naves espaciais.
Com os propulsores e os painéis solares, se poderia construir uma planta de geração de energia solar no espaço entre a Terra e a Lua, o que é impossível de ser feito com a tecnologia atual porque uma planta de geração de energia em escala industrial pesaria mais de 10 mil toneladas. A Estação Espacial Internacional, o maior objeto fabricado pelos humanos colocado em órbita, pesa pouco mais de 400 toneladas.
Além da energia, o espaço entre a Terra e a Lua tem muitos outros recursos, disse Zhang. O atual programa espacial tripulado entre a Terra e a Lua poderia colocar as bases para um programa tripulado até Marte e para a exploração do espaço profundo, disse.
"O futuro do programa espacial tripulado da China não é um desembarque, o que é muito simples, nem um programa tripulado até Marte, que continua sendo difícil, mas a exploração contínua do espaço entre a Terra e a Lua com o constante desenvolvimento de novas tecnologias”.
A China está planejando uma série de missões espaciais para testar tecnologias -chaves para a sua estação espacial. Por volta de 2020, o país colocará em órbita uma estação espacial média pesando 60 toneladas e composta por três módulos.
Edição: Rafael Lima