Kim Jong-un, líder da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) observa um exercício militar.
O líder máximo na RPDC, Kim Jong-un, disse que a única via de defender a soberania da nação é fortalecendo o seu arsenal nuclear e dotando o exército de capacidades para disparar ogivas nucleares a qualquer altura.
Kim proferiu tais comentários durante um teste de um lança-foguetes de alto calibre, de acordo com um comunicado da agência de notícias KCNA, publicado durante o dia de hoje.
O líder norte-coreano mostrou-se satisfeito com os testes feitos à nova arma, afiançando que esta “reforça o potencial de ataque do Exército do Povo Coreano”.
O comunicado da KCNA condena também a nova resolução do Conselho de Segurança da ONU para com a RPDC, que surge como resposta aos programas de armas nucleares e de mísseis, afirmando que tal resolução “deslegitima a soberania da RPDC e que, por isso, o país não pode permanecer como espetador perante a pressão política e económica impostas pelos EUA e pelos seus aliados”.
“Todas as pessoas na RPDC aguardam a ordem de combate para aniquilar o inimigo, dirigindo a sua fúria aos imperialistas americanos e à Coreia do Sul”, refere.
O Ministério da Defesa sul-coreano disse na quinta-feira que a RPDC teria disparado vários projéteis de curto-alcance em direção aos mares de este, após o Conselho de Segurança da ONU ter votado na quarta-feira a adoção da resolução que impõe um novo conjunto de restrições a Pyongyang. O ministério apelou também à retoma das conversações congeladas do “Diálogo a Seis”.
Esta resolução destina-se a frustrar a habilidade da RPDC de desenvolver armamentos nucleares, surgindo como resposta ao teste nuclear de 6 de janeiro e ao alegado lançamento de um satélite a 7 de fevereiro por parte da RPDC.
Num comunicado de quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU condenou em termos severos o teste nuclear da RPDC de 6 de janeiro e o lançamento do satélite a 7 de fevereiro, onde foi usada tecnologia balística, proibida através de decisões tomadas anteriormente pela ONU. Pyongyang insistiu, porém, que teria sido um lançamento pacífico de um satélite.
Edição: Mauro Marques