Portugal oferece-se para receber mais refugiados

Fonte: Diário do Povo Online    24.02.2016 09h29

De acordo com os meios de imprensa, à medida que se intensifica a crise de refugiados na Europa e que os países do continente criam medidas para barrar a sua entrada, o governo português, liderado por António Costa, mostra-se solidário e interessado em receber mais refugiados.

Costa enviou na semana passada cartas à Áustria, Grécia, Itália e Suécia onde manifesta o interesse em receber, para além dos 4500 refugiados estipulados, um grupo adicional de 5800, no que totaliza num valor de mais de 10000 pessoas.

No aproximar da cimeira de Bruxelas, Costa refere que Portugal deve servir de exemplo, retomando a tradição do país, recusando-se, por isso, a fechar as fronteiras lusas.

No início do mês, ao ser entrevistado em Berlim, o primeiro-ministro português defendeu que a Alemanha não deve ser o único país a responsabilizar-se por uma situação que deve ser partilhada por toda a Europa, afirmando “não ser uma situação justa”, dado que a Alemanha recebera um número de refugiados já superior a 1 milhão de pessoas.

Segundo os dados disponíveis, a maioria dos refugiados escolhera o norte e o ocidente europeu como destino. A Suécia e a Alemanha foram os países mais requisitados. Portugal não consta entre os lugares cimeiros de eleição dos refugiados.

O embaixador português na Grécia terá mesmo visitado um campo de refugiados e incentivado aquelas pessoas a migrarem para Portugal.

O líder da associação de refugiados em Portugal afirma que é um país pouco conhecido entre a maioria da comunidade, sendo que Portugal deve incorrer de mais esforços para divulgar o país.

O líder acrescenta que “a entrada de refugiados no país colmataria as deficiências nas áreas com menos densidade populacional. Há uma grande quantidade de Portugueses que emigraram e deixaram algumas áreas geográficas do país com escassez de força laboral.”

Portugal planeia aceitar cerca de 2000 estudantes universitários, 800 estudantes de áreas técnicas, e entre 2500 a 3000 pessoas para trabalhar na agricultura e em áreas florestais.

Atualmente, segundo o governo português, a deficiência laboral para estas áreas tem sido suprida com mão-de-obra vietnamita e tailandesa.

Devido a serem áreas pouco apelativas para os nativos, estima-se que a entrada dos refugiados não entre em colisão com a aceitação social do povo português.

Edição: Mauro Marques 

(Editor:Renato Lu,editor)

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