O ex-secretário-geral das Nações Unidas faleceu ontem aos 93 anos, num hospital do Cairo, a capital do seu país.
O atual secretário-geral, Ban Ki-moon, leu um comunicado no qual lamenta a perda de Ghali, exultando as suas contribuições para a manutenção da paz e da ordem mundial, e dizendo que as suas contribuições certamente não passarão despercebidas para a ONU.
O respeitado político e académico egípcio versado em direito internacional, com experiência extensiva na área, assumiu o leme da ONU num dos períodos mais desafiantes e complicados da sua história, tendo ainda dirigido a La Francophonie, uma instituição para países falantes de francês após ter abandonado o cargo na ONU.
Durante o seu mantado as iniciativas e atividades de manutenção da paz dispararam. Naquela altura, em que o mundo acabava de sair do período da guerra fria, as atenções na busca de caminhos a seguir para a resolução de confrontos internacionais eram colocadas na ONU. As responsabilidades de Ghali eram, por isso, diversas e determinantes, tendo este incorrido em diversos projetos de muita responsabilidade.
Ban Ki-moon afirmou que, enquanto secretário-geral, Ghali foi incansável nos seus esforços, tendo o seu trabalho deixado uma marca inapagável, dirigindo-se em especial à sua família e ao povo egípcio, deixando as suas condolências pela perda desta figura nacional.
Durante a reunião foi ainda dedicado um minuto de silêncio em sua memória.
Na recente visita de Estado ao Egito, o presidente chinês Xi Jinping teve a oportunidade de se encontrar com Ghali e ofereceu-lhe um prémio pelas suas contribuições para o fortalecimento das relações de amizade entre a China e os países árabes.
Edição: Mauro Marques