De Norte a Sul, chineses voltam para a casa

Fonte: Diário do Povo Online    06.02.2016 13h49

Sem dinheiro ou namorada, Tang Shijie disse que voltar para a sua cidade natal, em Hunan, durante o Festival da Primavera é muito estressante para ele.

"Mas quando eu cheguei em casa, meus pais não me perguntaram sobre dinheiro ou relacionamento. Eles só estavam preocupados se eu tinha uma vida feliz e saudável em Guangzhou", disse o vendedor com 30 anos de idade; "É bom ter um lugar para onde você sempre pode voltar e onde as pessoas sempre vão te amar."

Tang vende aparelhos de barbear em Guangzhou desde 2013, ganhando cerca de 2 mil yuans (US$ 300) por mês.

Outra razão pela qual ele queria ir para casa é que quase todos os seus amigos de Guangzhou estavam voltando para casa, disse Tang.

"Os ônibus estão vazios e as lojas estão fechadas. Seria muito solitário ficar em uma cidade vazia", disse ele. "Passar o feriado na minha terra natal, por outro lado, me dá a sensação de felicidade e conforto."

Espera-se um número recorde de viagens durante as vésperas do Ano Novo do Macaco, que começa na segunda-feira.

Entre 24 de janeiro e 02 de fevereiro, mais de 740 milhões de viagens foram registradas na China, um aumento de 2,5% ao ano, de acordo com o Ministério dos Transportes. No sábado e domingo, dois dias antes do Festival da Primavera, 82 milhões de viagens são esperados por dia.

A Estação Ferroviária Oeste de Beijing recebeu mais de 200 mil passageiros por dia na semana passada, número duas vezes maior que fluxo nos dias normais. Song Jianguo, porta-voz da estação, disse que o número é recorde.

O intenso fluxo humano vem da população flutuante das grandes cidades. De acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas, 38% dos mais de 21,7 milhões de moradores de Pequim tem seu registro de residência em outras cidades.

Em Guangzhou, 7,8 milhões de residentes não têm o registro de residência nesta cidade.

Dados divulgados pelo site de busca Baidu revelou que durante a migração do Festival da Primavera, as pessoas estão se dirigindo das grandes cidades para as cidades pequenas, e das áreas costeiras para o interior do país.

Edição: Rafael Lima 

(Editor:Renato Lu,editor)

Textos Relacionados

Destaques

Crise de refugiados: Pelo menos 10,000 crianças desaparecidas após chegarem à Europa

Mais lidos