Beijing, 6 jan (Xinhua) -- A China insistiu ao Japão que lide com os assuntos históricos de maneira honesta e responsável, depois de uma disputa entre o Japão e a República da Coreia sobre uma estátua de "mulher de conforto" em memória às vítimas da escravidão sexual durante a Segunda Guerra Mundial.
Fontes nipônicas citadas pela imprensa declararam que esperam que a parte sul-coreana retirasse a estátua na frente da embaixada do Japão em Seul, enquanto a República da Coreia havia concordado em não unir esforços com a China na apresentação de material relativo às mulheres de conforto para o Registro da Memória do Mundo.
A chancelaria sul-coreana respondeu que não deveria haver mais manifestações por parte do Japão que possam provocar mal-entendidos e que o governo não tem a autoridade para exigir a relocação de uma estátua estabelecida por grupos civis.
"Qualquer tentativa de subtrair a importância ou negar a história provocará apenas o ceticismo das pessoas sobre a autêntica atitude do Japão em relação aos assuntos históricos", disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
No mês passado, o Japão pediu desculpas e ofereceu 1 bilhão de ienes (US$ 8,3 milhões) para criar um fundo às sobreviventes sul-coreanas forçadas à escravidão sexual pelos militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.
O tratamento que as mulheres de conforto receberam foi um crime contra a humanidade, condenou Hua.