Sede do Banco Central da China em Pequim
O Banco Central da China projetou na quarta-feira a base de crescimento do país para 2016 em 6.8%, expectando que o número de fatores positivos cresça gradualmente apesar da pressão económica.
O valor é ligeiramente mais baixo do que a projeção de 6.9% para 2015, de acordo com um artigo do Banco Popular da China.
Citando o excesso de capacidade, desaceleração dos lucros, e o aumento de crédito vencido como um dos principais fardos económicos, o artigo refere que fatores favoráveis como a recuperação das vendas no setor imobiliário, efeitos de retardamento de políticas macroeconómicas e estruturais e uma modesta melhoria na procura externa ajudariam a travar um crescimento mais alargado.
A economia chinesa expandiu 6.9% pela primeira vez em 3 trimestres. Para combater a desaceleração, o banco central cortou os principais índices de juro 6 vezes desde novembro do ano passado e diminuiu a exigência do rácio das reservas bancárias por várias vezes.
“Baseados nos nossos modelos… as mudanças das políticas monetária e fiscal terão o seu melhor efeito na economia real após 5 a 9 meses, e as medidas pró-crescimento da China começarão a demonstrar efeitos mais reforçados no quarto trimestre de 2015 ou no primeiro de 2016”, refere o artigo.
Para o próximo ano, o banco central previu a inflação do índice de preços do consumo em 1,7% e o superavit em conta corrente em 2.8% do PIB.
O crescimento nominal de investimento em ativos fixos atingira os 10,8% em 2016, acima da previsão de 10.3% para este ano, enquanto que as vendas de varejo deverão expandir 11.1%, de acordo com o artigo.
Antecipando uma possível recuperação da procura externa, o banco central espera um crescimento das exportações em 3,1% em 2016, em contraste com a queda de 2.9% previstos para 2015. Enquanto isso, as importações deverão aumentar 2.3% enquanto os preços das comodidades globais deverão estabilizar.
O artigo refere também riscos colaterais no mercado doméstico e financeiro global como ameaça considerável à estabilidade, incluindo o ritmo da taxa de juro da Reserva Federal dos EUA.
Edição: Mauro Marques