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Banco Central da China projeta crescimento de 6.8% para 2016

Fonte: Diário do Povo Online    17.12.2015 09h28

Sede do Banco Central da China em Pequim

O Banco Central da China projetou na quarta-feira a base de crescimento do país para 2016 em 6.8%, expectando que o número de fatores positivos cresça gradualmente apesar da pressão económica.

O valor é ligeiramente mais baixo do que a projeção de 6.9% para 2015, de acordo com um artigo do Banco Popular da China.

Citando o excesso de capacidade, desaceleração dos lucros, e o aumento de crédito vencido como um dos principais fardos económicos, o artigo refere que fatores favoráveis como a recuperação das vendas no setor imobiliário, efeitos de retardamento de políticas macroeconómicas e estruturais e uma modesta melhoria na procura externa ajudariam a travar um crescimento mais alargado.

A economia chinesa expandiu 6.9% pela primeira vez em 3 trimestres. Para combater a desaceleração, o banco central cortou os principais índices de juro 6 vezes desde novembro do ano passado e diminuiu a exigência do rácio das reservas bancárias por várias vezes.

“Baseados nos nossos modelos… as mudanças das políticas monetária e fiscal terão o seu melhor efeito na economia real após 5 a 9 meses, e as medidas pró-crescimento da China começarão a demonstrar efeitos mais reforçados no quarto trimestre de 2015 ou no primeiro de 2016”, refere o artigo.

Para o próximo ano, o banco central previu a inflação do índice de preços do consumo em 1,7% e o superavit em conta corrente em 2.8% do PIB.

O crescimento nominal de investimento em ativos fixos atingira os 10,8% em 2016, acima da previsão de 10.3% para este ano, enquanto que as vendas de varejo deverão expandir 11.1%, de acordo com o artigo.

Antecipando uma possível recuperação da procura externa, o banco central espera um crescimento das exportações em 3,1% em 2016, em contraste com a queda de 2.9% previstos para 2015. Enquanto isso, as importações deverão aumentar 2.3% enquanto os preços das comodidades globais deverão estabilizar.

O artigo refere também riscos colaterais no mercado doméstico e financeiro global como ameaça considerável à estabilidade, incluindo o ritmo da taxa de juro da Reserva Federal dos EUA.

Edição: Mauro Marques

(Editor:Renato Lu,editor)

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