O Primeiro-ministro Li Keqiang e a sua esposa Cheng Hong cumprimentam o público em frente a uma loja na Malásia, no domingo.
KUALA LUMPUR,23 de novembro (Diário do Povo Online) - O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, apelou aos países para evitarem despoletar tensões no Mar do Sul da China.
Estes países devem respeitar e apoiar os esforços das nações da região, com vista à promoção da paz e da estabilidade regional, disse Li.
Sugerindo uma proposta de 5 pontos relativamente à situação do Mar do Sul da China na 10ª cimeira da Ásia Oriental em Kuala Lumpur, Li pediu aos poderes externos para “desempenharem um papel positivo e construtivo, e evitarem tomar ações que possam causar tensões na região”.
Os comentários do primeiro-ministro seguem-se ao envio de navios de guerra e aviões, por parte dos EUA, para perto de ilhas chinesas para afirmar a sua “liberdade de navegação” no Mar do Sul da China.
A cimeira de domingo contou também com a presença de Barack Obama.
Li disse que “a liberdade de navegação e voo no Mar do Sul da China nunca foi um problema”.
“A instabilidade no Mar do Sul da China causará dificuldades aos países da região, incluindo a China, e não vai beneficiar os restantes países”.
Li pediu a todos os países para exercerem e defenderem a liberdade de navegação e de voo no Mar do Sul da China de acordo com as leis internacionais.
Shi Yinhong, diretor do Centro de Estudos norte-americanos da Universidade Renmin, disse: “Com a resolução americana de enviar recorrentemente navios e aviões para perto das ilhas chinesas, o confronto entre a China e os EUA atingiu um recorde de tensão no Mar do Sul da China”.
Shi referiu que as palavras proferidas pelo primeiro-ministro são “muito suaves”, mas que tomaram “uma posição firme” que ajudaria a conseguir o entendimento dos membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN em inglês).
Song Junying, investigador de estudos da Ásia-Pacífico no Instituto de Estudos Internacionais da China, terá dito que os países da ASEAN não querem sacrificar o grande potencial para a cooperação económica e política com a China.
Li apelou a que todos os países respeitem a Carta das Nações Unidas, defendam o resultado da Segunda Guerra Mundial e a ordem do pós-guerra e, de forma conjunta, assegurem a paz e a estabilidade no mundo e na região, incluindo o Mar do Sul da China. Os países diretamente envolvidos devem agir de acordo com os princípios da lei internacional, para resolver disputas jurisdicionais e de soberania de forma pacífica, disse.
Li chegou à Malásia na sexta-feira para uma série de acordos relacionados com a ASEAN.
Mauro Marques