O Conselho de Segurança da ONU condena ontem a organização extremista “Estado Islâmico” pela forma “hedionda e cobarde” com que levou a cabo os assassinatos do cidadão chinês Fan Jinghui e do norueguês Ole-Johan Grimsgaard-Ofstad.
O conselho refere num comunicado que este caso prova, uma vez mais, a natureza grotesca desde tipo de organização, “eles cometeram milhares de atos criminosos envolvendo pessoas de diferentes credos, raças e nacionalidades, sem qualquer apreço pelos valores básicos da humanidade”.
De acordo com os relatos, os 15 membros integrantes do conselho da ONU insistiram que os responsáveis por tais atos devem ser trazidos perante a justiça. Estes apelam a todos os países do mundo para cooperarem com a China e Noruega, tomando todas as medidas necessárias no sentido de frustrar as atividades da organização terrorista.
O representante permantente da China nas Nações Unidas, Liu Jieyi, referiu que o comunicado emitido pelo conselho, transparece o consenso reunido pelos seus membros, assim como encorpora a vontade internacional de reprimir de forma resoluta qualquer manifestação de terrorismo. Mais refere que a China irá continuar a aprofundar a cooperação com a comunidade internacional e a atacar implacavelmente quaisquer ameaça aos valores essenciais da civilização humana.
No seguimento da reação generalizada face aos acontecimentos recentes, o Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, terá também, no dia 19, feito um comunicado. As suas palavras seguem a linha de raciocínio demonstrada anteriormente, onde reitera que o governo chinês condena profundamente o crime que tomou a vida dos cidadãos chinês e noruegês, e transmite as condolências às famílias das vítimas. O Primeiro-ministro apelou aos departamentos devidos para darem apoio às suas famílias. Li Keqiang terminou o seu comunicado reforçando a importância que o governo chinês deposita nos seus cidadãos a viver no estrangeiro, sendo que o governo irá continuar a apostar no reforço da segurança das instituições e dos cidadãos chineses a viver no exterior.
Após tomar conhecimento do rapto dos cidadãos chinês e norueguês num artigo publicado numa revista de língua inglesa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros reagiu imediatamente. O jornal online chinês de Hong Kong, “South China Morning Post”, avançou que, na madrugada do dia 19, o porta-voz do ministério, Hong Lei terá dito: “A China já tomou conhecimento dos acontecimentos, estando incrédula perante as informações divulgadas. O governo moverá todos os esforços na tentativa de o salvar. Iremos agora proceder à análise das circunstâncias”.
Pelas 10 horas do dia 19, o Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou a morte de Fan Jinghui pelo Estado Islâmico. O ministério comunicou que, após a divulgação do seu rapto, o governo e os cidadãos chineses revelaram profunda preocupação relativamente à sua segurança.
“O departamento concertente do governo tomou medidas imediatas no sentido de o salvar. Contudo, devido à repulsa de quaisquer noções de conduta humana por parte dos terroristas, não foi possível salvar a sua vida. A China condena profundamente este tipo de violência e tudo fará para que os culpados sejam trazidos perante a justiça”.
Edição: Mauro Marques