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Xi: Acesso ao mercado será ainda mais liberalizado

Fonte: Diário do Povo Online    19.11.2015 09h31

Pequim vai “cortar substancialmente” as restrições de acesso ao mercado para o investimento estrangeiro, dando um passo adiante na construção de uma economia com um elevado grau de abertura, asseverou o líder chinês na quarta-feira, de modo a apaziguar os mercados relativamente ao abrandamento da economia chinesa.

Durante o fórum de diretores empresariais da APEC, o presidente procurou também assegurar os líderes económicos e políticos da região que a economia número 2 do mundo é capaz de sacudir a pressão que se abate sobre si.

Os pilares da economia chinesa permanecem positivos, a economia tem um grande potencial e tem provado ser resilente face aos solavancos do aprofundamento de reformas, havendo uma grande margem de manobra, disse Xi.

“Iremos avançar com reformas no sistema de gestão de investimento estrangeiro, cortando substancialmente as restrições de acesso ao mercado, melhorar a proteção dos direitos de autor, e fomentar um ambiente de mercado mais aberto, transparente, justo e eficiente”, disse o líder chinês.

“Gostaria aqui de reiterar que a política chinesa de receber de bom grado o investimento estrangeiro não irá mudar. De igual modo, a proteção dos direitos, os interesses legítimos das empresas estrangeiras, e a resolução de lhes prestar um melhor serviço serão cada vez mais tidos em conta”, acrescentou o presidente.

“As portas da China irão permanecer para sempre abertas ao exterior”.

Destinada a reduzir o investimento estrangeiro sob um sólido plano de reforma, que estipula uma mudança da dependência do comércio e investimento, a segunda maior economia do mundo cresceu 6.9% no terceiro trimestre do ano. Este é o valor mais baixo desde a crise mundial de 2008-2009.

Xi Jinping deu a entender que vários acordos comerciais regionais podem causar “fragmentação”. Defendeu que as economias da zona Ásia-Pacífico devem acelerar a implementação da Zona de Comércio Livre da iniciativa Ásia-Pacífico, onde todas as economias da APEC deverão ser contempladas.

Como motor de crescimento do mundo, o mercado Ásia-Pacífico foi palco de um elevado número de acordos comerciais, incluindo a parceria trans-pacífica, um acordo de comércio firmado entre 12 nações, liderado pelos EUA.

Enfatizando que os países têm de tornar os acordos comerciais abertos e inclusivos, Xi disse que tais acordos precisam de igual participação e de consulta extensiva.

Zhang Jianping, diretor do Instituto de Cooperação Económica Internacional da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, disse que a China, ao comprometer-se com o corte de restrições no acesso aos mercados, é-lhe expectável que promova o modo de gestão “lista negativa”.

 

Edição: Mauro Marques

(Editor:Renato Lu,editor)