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Caminhadas competitivas dão um passo em frente nas redes sociais chinesas (2)

Fonte: Diário do Povo Online    09.11.2015 16h07

A devoção aos rankings tem o seu lado negativo. Enquanto a maior parte das pessoas encara o exercício como uma forma de lazer saudável, outras tornam-se tão competitivas que acabam por exercitar em demasia, mesmo ao ponto de causarem danos à saude.

De acordo com o jornal Yangtze Evening News, uma mulher de apelido Yang, de Nanquim, teve de amputar ambos os pés após vários dias de caminhada com sapatos desapropriados para o efeito, tendo mesmo provocado feridas que se encontravam já em estado de putrefação.

A sua devoção fervorosa em assumir o lugar cimeiro da classificação levou-a a um hospital de Nanquim. Sun Xinjuan, o médico responsável por Yang, disse que os diabetes de tipo 2 a impediram de registar a dor nos pés.

Outra desvantagem do fanatismo de alguns competidores? A batota. Alguns recorrem à métodos menos ortodoxos para conseguirem atingir o topo.

Em agosto, os meios noticiosos estariam cheios de artigos relativos a uma mulher de Nanquim que constantemente ficava em primeiro lugar, mesmo tendo um emprego sedentário numa empresa de comércio online. Foi descoberto mais tarde que teria amarrado o seu dispositivo ao seu cão e tê-lo-ia deixado fazer a parte mais complicada do processo.

Li Ran, investigador associado do Instituto de Investigação de Ciências Desportivas, sob a tutela da Administração Geral do Desporto, entidade que promove a participação pública de atividades de exercício físico, elogiou esta funcionalidade tecnológica, tendo também advertido para os seus malefícios quando não praticada em moderação.

“É bom ver as pessoas partilhar os seus recordes de caminhadas nas redes sociais, pois isso encoraja os outros a juntarem-se à atividade”, disse Li. “Contudo, exercitar demais é como beber álcool, o efeito varia de pessoa para pessoa no que diz respeito à quantidade adequada”.

Caminhar e fazer jogging devem ser praticados tendo em conta o nível de forma do praticante, o tipo de roupa e de calçado, acrescentou.

A “passerelle de vaidade” trazida pelas caminhadas competitivas nas redes sociais deve ser controlada, disse, acrescentando que a chave para o exercício é mesmo manter os dados confidenciais.

Edição: Mauro Marques 


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(Editor:Renato Lu,editor)

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