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150 líderes de negócios acompanham Xi durante a sua visita ao Reino Unido

Fonte: Diário do Povo Online    20.10.2015 13h32

Jack Ma foi apontado conselheiro de negócios do primeiro-ministro britânico.

O Presidente Xi Jinping deixou Pequim na segunda-feira para dar início à sua primeira visita de estado ao Reino Unido, fazendo-se acompanhar por uma comitiva de 150 homens de negócios proeminentes conterrâneos.

A visita de estado, agendada entre segunda e sexta-feira, é a primeira em 10 anos feita por um chefe de estado chinês. As expetativas relativamente ao número de acordos a serem assinados nos mais variados setores durante este período são altas, pois têm um grande potencial de melhorar os laços bilaterais entre os dois países, dizem os analistas.

Organizado pelo Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, a delegação, com membros de indústrias associadas às finanças, infraestruturas, energia e investimento, contrasta com a que acompanhara Xi na visita aos EUA – composta por vários integrantes de empresas online, de acordo com algumas fontes anónimas a operar em Londres.

Separadamente, porta-vozes de Downing Street disseram na segunda-feira que o fundador da Alibaba, Jack Ma, terá sido apontado pelo Primeiro-ministro David Cameron como consultor de negócios.

O porta-voz de Cameron disse que Ma irá “ajudar as pequenas e médias empresas britânicas a aumentar as suas exportações e a atingirem o mercado chinês através de plataformas como a Alibaba”.

Acordo Nuclear

Entre os homens de negócios presentes na delegação do Presidente Xi, He Yu, diretor-geral da China General Nuclear Power Group, e Yu Peigen, vice-diretor da China National Nuclear Corporation, foram os que atrairam mais a atenção, pois antecipa-se que a China anuncie um acordo para a construção de uma usina nuclear em Hinkley Point (Somerset) durante a visita de estado.

Outras empresas de infraestruturas e comunicação integrantes na delegação incluem a China Three Gorges e o grupo Sany.

Contudo, a empresa manufatureira de comboios de alta-velocidade, a CRRC, encontrava-se ausente da delegação, tendo causado alguma estranheza, face à especulação mediática relativamente à inauguração de uma linha de alta velocidade entre Londres e Manchester.

“Enquanto o Reino Unido se debate para inverter o declínio da sua competitividade económica, o investimento da China nas suas infraestruturas irá servir de impulso para o aumento da produtividade do país”, alegou Qu Bing, um académico do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China.

Chen Feng, diretor do Grupo HNA, estava também na lista de um relatório publicado em yicai.com, referindo que o grupo planeia comprar grande parte das ações do aeroporto de Manchester. O Grupo HNA recusou-se a comentar sobre o assunto, mas uma fonte anónima da Hainan Airlines, subsidiária do Grupo HNA, disse ao Global Times (subsidiário do Diário do Povo) que a empresa deverá revelar novas travessias aérias da China para o RU durante a visita do presidente Xi.

Fundo para a tecnologia Sino-britânico

A delegação inclui também líderes da indústria bancária, incluindo o diretor do Banco Comercial e Industrial da China, do Banco de Agricultura da China e do Banco de Construção da China. O website yicai.com reporta que o Banco de Construção da China deverá abrir uma sucursal em Londres na segunda-feira.

Enquanto isso, um fundo para a inovação tecnológica sino-britânico, com um capital inicial de 6 milhões de libras (9.29 milhões de dólares) deverá ser criado pelo fundador do China Equity Group, Wang Chaoyong, que acompanha Xi,juntamente com outros líderes de corporações de investimento.

Na delegação está também o presidente do grupo Geely, Li Shufu, e o fundador da empresa de automóveis elétricos chinesa, a BYD, entre outros 6 diretores-gerais da China Poly Group Corporation, envolvida na cultura, setor imobiliário, segurança e energia.

A criação de uma aliança estratégica entre a BP e a China National Petroleum Corporation para desenvolver recursos petrolíferos também é uma possibilidade durante a visita, segundo a BBC.

“As relações sino-britânicas são um modelo para a China e para os países em vias de desenvolvimento para explorar oportunidades de cooperação e de ganhos recíprocos. Não obstante, requer alguns cuidados na gestão de todos os processos face à conjuntura interna do Reino Unido e aos desafios que provêm da UE e dos EUA”, frisou Wang Yiwei, diretor do Instituto de Negócios Internacionais da Universidade Renmin da China, num artigo de opinião publicado em guancha.cn.

Tradução: Mauro Marques 

(Editor:Renato Lu,鲁扬)

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