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Discurso de Xi Jinping nos EUA deve destacar os laços entre China e EUA

Fonte: Diário do Povo Online    22.09.2015 13h21

PEQUIM,22 de setembro (Diário do Povo Online) - O presidente chinês Xi Jinping deixa Pequim terça-feira (22) rumo a sua primeira visita oficial de Estado aos Estados Unidos. Sua visita deve trazer bons resultados para as negociações entre os dois países em muitos setores-chave.

A visita de Estado, que ocorrerá entre terça e sexta-feira, levará o presidente Xi e a primeira-dama, Peng Liyuan, para Washington e para o centro americano de alta tecnologia de Seattle, onde Xi vai se encontrar com uma vasta gama de representantes da sociedade norte-americana, incluindo empresários, estudantes e funcionários locais.

Ele também vai passar três dias em Nova York participando de uma série de conferências na sede das Nações Unidas, cimeiras estas que marcam o 70º aniversário da fundação da instituição.

Fontes próximas aos preparativos da viagem disse que é provavel que os dois países assinem mais de quarenta 40 acordos, incluindo um que deve ser o mais importante, sobre alterações climáticas.

Xi vai fazer um importante discurso de caráter político em um jantar com líderes empresariais e dignitários na terça-feira à noite, onde muitos acreditam que ele vai elaborar suas ideias sobre as relações sino-americanas.

Na quinta-feira à noite, Xi e Obama participarão de um jantar de trabalho mais reservado em Washington, antes de prosseguirem paras as negociações formais na sexta-feira.

Jeffery A. Bader, ex-assistente especial do presidente dos Estados Unidos para assuntos de segurança nacional disse que "Obama tem desenvolvido um bom relacionamento pessoal com Xi, passou horas com ele em Sunnylands (Califórnia), e mais tempo com ele quando visitou Pequim. Então, eles já têm um bom relacionamento”.

"Eu acho que é importante para os dois presidentes fazerem declarações sobre os seus compromissos conjuntos relacionados a gestão das relações econômicas, do tratamento conjunto a ser dado em tempos de turbulência econômica global, e trabalhar para estabilizar e enviar uma mensagem tranquilizadora aos mercados em ambos os países", disse Bader.

Muitos observadores acreditam que a visita de Xi vai ajudar a impulsionar a conclusão das negociações sobre o Tratado Bilateral de Investimentos.

Além de planos de visitar a planta de produção da Boeing em Everett, no estado de Washington, Xi também vai visitar as instalações da Microsoft em Redmond, onde participará do Fórum China-EUA para a Indústia da Internet, organizado pela Microsoft e pela Sociedade chinesa da Internet. Entre os convidados estão representantes do Baidu e Alibaba da China e da Apple, Facebook, Google e IBM dos EUA.

O New York Times divulgou no fim de semana que os EUA e a China estão negociando o que poderia tornar-se o primeiro acordo de controle de armas ciberespaciais.

Trata-se de um compromisso por parte de cada país de que ele não vai ser o primeiro a usar armas cibernéticas para paralisar as infra-estruturas do outro em tempos de paz.

Yuan Peng, vice-presidente do Instituto chinês de Relações Internacionais Contemporâneas, observou que os dois países enfrentam desafios econômicos em meio a uma lenta recuperação da economia global.

"O mundo está esperando que os líderes das duas maiores economias ... moldem um panorama ‘ganha-ganha’ de benefício mútuo", disse Yuan.

David Lampton, um especialista em China da Universidade Johns Hopkins, disse: "Eu acho que uma das coisas mais importante que nós podemos fazer é mostrar o progresso que temos feito”.

"Um dos sinais mais positivos nos EUA é o rápido aumento do investimento chinês, muito do qual em áreas onde os EUA não investe muito", disse Lampton.

Ele se referiu as contribuições das empresas chinesas à geração de empregos, incluindo um fabricante chinês de vidro para carros que contratou 500 pessoas no Alabama.

Xi também vai visitar uma escola de ensino médio em Tacoma, cidade irmã da cidade portuária de Fuzhou, na província de Fujian. Xi, líder da província naquela época, foi quem assinou o acordo de cidades-irmãs, em 1994, segundo o jornal The News Tribune, de Tacoma.

(Editor:Renato Lu,editor)

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