Indústria marítima britânica busca oportunidades na iniciativa "um cinturão e uma rota" da China

LONDRES, 11 de setembro (Diário do Povo Online) – A Grã-Bretanha e a China podem melhorar a sua cooperação bilateral marítima através da iniciativa de "um cinturão e uma rota", disse recentemente o presidente de Maritime London, Lord Mountevans.

Ele foi um dos vários especialistas que falaram no Fórum Internacional de Desenvolvimento de Estragégias de Navegação 2015, cujo tema deste ano foi "Um Cinturão e uma Rota: a estratégia de desenvolvimento da China, o que pode significar para as indústrias marítimas do Reino Unido ".

A empresa CMA CGM, terceira maior operadora de contêineres do mundo, assinou um projeto estratégico de "um Cinturão e uma Rota" com China Merchants Holdings, destinado a investigar e avaliar em conjunto as oportunidades de investimento no setor. Assim, torna-se a primeira companhia estrangeira a assinar um acordo com uma empresa chinesa para este projeto estratégico, disse no fórum Michael Parker, presidente da CMA CGM (Reino Unido) Holdings Ltd.

O Cinturão Económico da Rota da Seda vai desenvolver a economia da Ásia Central, e a Rota Marítima da Seda do Século XXI irá melhorar a infraestrutura marítima ao longo da antiga rota. A europa vai beneficiar do crescimento na Ásia Central e das melhores conexões de transporte terrestre no continente, disse o presidente da Clarkson Research Services, Martin Stopford.

A iniciativa "um cinturão e uma Rota" tem uma boa ressonância no mundo, porque representa a construção e desenvolvimento de uma comunidade que compartilha um espírito. O mundo está sedento da construção de sustentabilidade política para impulsionar o crescimento global coordenado, disse Mao Chun Li, diretor administrativo de Desenvolvimento Corporativo da China Merchants Group.

Ma Hongqi, diretor da Comissão de Economia e Tecnologia da Informação da Nova Área Pudong de Shanghai, disse que esta é a primeira vez que a indústria naval da Nova Área Pudong está presente na plataforma da indústria marítima do Reino Unido. Ele pediu aos seus colegas britânicos que explorassem oportunidades para os serviços marítimos em Xangai.

A China é considerada uma força emergente na indústria marítima global. Dados Clarkson Research Services mostram que a China atualmente controla 10 por cento da frota mundial.

O Reino Unido tem uma longa história marítima e atribui grande importância ao sector marítimo, disse o secretário de Estado dos Transportes do Reino Unido, Patrick McLoughlin, na Semana Internacional da Marinha Mercante em Londres 2015.

Estatísticas do Departamento de Transporte do Reino Unido indicam que a indústria marítima britânica contribui, pelo menos com 11.000 milhões de libras (16.900 milhões de dólares) para a economia do país anualmente e fornece mais de 113.000 postos de trabalho e 6.600 empresas.

A Maritime Londres é a agência de promoção das empresas com sede no Reino Unido que oferecem serviços profissionais à indústria de transporte marítimo internacional.