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Empresas chinesas enfrentam oportunidades e desafios ao investir no mercado brasileiro

Fonte: Diário do Povo Online    03.07.2015 15h44

BEIJING, 3 de jun (Diário do Povo Online) – Mais de 40 chineses e brasileiros das áreas econômicas e jurídicas se reuniram na quinta-feira em Beijing, discutindo os problemas que as empresas chinesas podem encontrar ao investir no Brasil.

Ao falar das oportunidades de investimento no Brasil, o vice-presidente da Sociedade Chinesa para Pesquisas da OMC, Wang Cheng’an, afirmou que com as visitas do presidente Xi Jinping e do premiê Li Keqiang à América Latina, a cooperação comercial sino-brasileira abriu uma nova página.

Ele mencionou, particularmente, o modelo cooperativo 3x3 proposto pelo premiê chinês Li Keqiang durante sua visita ao Brasil em maio passado. O chamado “modelo 3x3” significa a construção comum de logística, eletricidade e informação; interações ativas entre empresas, sociedade e governo; ampliação de canais de financiamento por meio de fundos, crédito e seguros.

Wang afirmou que este modo pode diversificar os canais de financiamento e oferecer mais oportunidades para as empresas chinesas que investem ou querem investir no Brasil. Wang Cheng’an disse acreditar que sob o modelo 3x3, junto com a estimulação do governo, o apoio de instituições financeiras, bem como o entusiasmo das empresas chinesas, a cooperação comercial entre a China e o Brasil terá uma boa perspectiva.

Com o desenvolvimento rápido do comércio eletrônico na China, muitos investidores prestam atenção ao Brasil. Quanto a isso, o representante da Apex-Brasil em Beijing, Cesar Yu, afirmou que o mercado de comércio eletrônico da China é grande, com uma operação rápida, mas o Brasil não tem um mercado tão grande, além de uma logística não madura. Por outro lado, o Brasil está seguindo ativamente o ritmo de comércio eletrônico. Para ele, a prioridade para o Brasil é elevar a eficiência de logística.

O desconhecimento das leis e políticas locais constituem um problema para as empresas que investem no exterior. O Brasil, que dista da China, é um dos casos.

“ Se as empresas chinesas queiram desenvolver bem no Brasil, têm que fazer uma investigação prévia sobre o mercado brasileiro e preparar um relatório de viabilidade,” disse Pang Xiaofang, representante-chefe de Noronha Advogados. Segundo ela, as empresas chinesas têm que fortalecer a consciência das questões relativas à lei, imposto, trabalhadores e a integração cultural, a fim de lidar com os desafios do mercado brasileiro.

Ela salientou que devido à legislação brasileira rigorosa e sistema tributário complexo, é preciso pedir ajuda de uma equipe profissional jurídica e de contabilidade. Ao mesmo tempo, o governo brasileiro presta grande atenção ao tratamento e bem-estar dos trabalhadores locais e dá exigências estritas para as empresas estrangeiras. Além disso, as empresas chinesas têm que conhecer bem a cultura local para não causar contradições e conflitos desnecessários.

O seminário foi organizado pela Apex-Brasil, brasilcn.com e Clube do Livro Brasil-China, atraindo a participação de várias empresas chinesas, entre elas, Lenovo e Qihu360. 

(Editor:Juliano Ma,鲁扬)

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